domingo, 5 de setembro de 2010

O MUNDO ESTÁ CHEIO DELAS

Heroína



Você acha que sofre? Que já sofreu mito na vida? Não. Não sofreu nada que se compare a esta extraordinária pessoa. Ela não nasceu veio ao mundo, como uma estrela cadente. Talvez o mundo não a esperasse como espera a todos.

O seu nascimento foi uma vitória. Sim uma vitória, ou um milagre. Sua mãe, mãe! Se é que a posso chamá-la de mãe, está mais para genitora, creio que nem isso, eu diria coisa pior, as genitoras têm coração, ela parece que não tinha. Pois tentou matar a própria filha ainda quando era um simples feto, depois aos seis, sete, oito e até aos nove meses. Mas a misericórdia de Deus não permitiu tamanha atrocidade contra um ser inocente, cujo nascimento foi um milagre.

A quem eu poderia comparar tal mulher? Mulher, que mulher! Insastifeita com o insucesso das tentativas de homicídio largou sua filha à própria sorte. Tanta crueldade supera a da serpente. Sabemos que a serpente não pensa, e quando nascem seus filhotes, eles precisam correr para não serem engolidos pela mãe.

Mas a força e coragem deste pequeno ser, eu comparo as crias de tartarugas. Estas, por sua vez ao nascerem, precisam escavar as areias quentes da praia, para saírem do buraco onde nascem, e superando isto, precisam fazer longa caminhada até chegar à praia. Pelas ondas são levadas até alto mar onde tentam sobreviver, fugindo dos predadores que habitam os mares. Quando se tornam adultas, precisam escapar dos piores de todos os predadores; os homens.

E assim, esta mulher, caminhou sempre solitária pelas estradas da vida, seguiu longa jornada sem pai, sem mãe, apenas Deus para guiá-la. Deste modo lançou-se nas muitas águas deste mudo tribuloso, escapou dos muitos e terríveis predadores humanos. Guerreira. O tempo passou, ela cresceu, tornou-se uma linda mulher. Eu particularmente tive a honra de conhecê-la pessoalmente, admirá-la por sua beleza e força interior hoje, a considero simplesmente uma heroína, que não saiu das histórias em quadrinhos, mas da vida real, para a vida real.





Francis Gomes.

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