quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ESTROFES DO CORDEL AVENTURAS DE UM CAIPIRA



Aventuras De Um Caipira


                 Derde o tempo de menino
Sempre fui muito mofino
Magricelo bem sofrido.
Prá piorar meu dilema
Pescoço de seriema
Este era o meu apelido.
Seu moço num vou negar
Na arte de namorar
Eu era mermo esquecido.


...Festa eu quase nem ia,
Dançar também num sabia
Nem mermo um forrobodó.
E quando ia coitado
Eu era sempre enjeitado,
Passava a noite só.
Alem de ser ruim de prosa
Tinha uma fala fanhosa
Tão feia que dava dó.

...E com o tempo passando
Eu ia me acostumando
A viver mermo sozinho.
Até que Deus teve dó
Por me ver assim tão só
Pois arguem em meu caminho.
Moça elegante e formosa
Bonita igual uma rosa
E junto formemo um ninho...

...Mas você precisa ver
Porque só vendo pra crer
O que o povo falava.
Comode eu ser meio feio
Pro mode disso eu creio
É que ninguém conformava.
E no dia do nosso casório
Precisa ver o falatório
Que eu e Rita escutava...

...Uns dizia: foi catimbó,
Daqueles de dá um nó
Foi macumba e num foi pouca.
Foi mandinga ou simpatia
Ele num tem categoria
Pra ganhar esta caboca.
Tarvez só por interesse
Ou ele nem percebesse
Mas Rita deve ser louca...

...Até mermo o sacristão
Que se dizia cristão
Ficou zombando de eu.
Se for macumba que voe
Se num for Deus me perdoe
Por este pecado meu.
Mas só por obrigação
É que eu faço esta união
De Rita e Bartolomeu... 

...Rita é o peixe eu a rede
Água que mata a sede
Minha estrela de cinema.
Presente que Deus me deu
Ela é mais arta que eu
Mas prá tudo tem esquema.
O bom é que nós se ama
E quando nós vai pra cama
Artura num é probema...

Prá nós num tem lugar certo
Esteja longe ou perto
Quarquer lugar é lugar.
A hora também num conta
É quando nós se levanta
É quando nós vai deitar.
E se a vontade engrossa
Ar vez até lá na roça
Quando eu vou armonçar...

...E quando nós se aproxima
Nontonce eu parto prá cima
Como um cachorro pro osso.
É minha nega prá lá
É meu neguinho prá cá
Ela me morde o pescoço.
Nas moitas de marmeleiro
Debaixo dos imbuzeiro
Esqueço até o armoço...

...Dispois que ela vai sembora
Eu fico contando as hora
Doidim pro tempo passar,
Se eu falar ninguém cridita
É só sordade de Rita
Vontade de namorar.
Porque dispois que eu janto
O fogo de Rita é tanto
Que nós já vai vadiar

Pra alguns pode ser loucura
Mas com nós num tem frescura,
Na hora de se amar.
Nós rola e nós da sarto,
Nós grita, nós fala arto,
Se dane quem num gostar.
E nós faz mermo é chão,
Pra num rasgar o colchão
E nem a cama quebrar.



 Francis Gomes
 ADQUIRA O CORDEL COM O AUTOR E     LEIA A HISTÓRIA COMPLETA  E SORRIA  DA VIDA E PRA VIDA. 

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

FOTOS DO II FESTIVAL LITERÁRIO SUBURBANO CONVICTO

Não foi apenas um encontro de poetas e escritores, foi um encontro de pessoas que acreditam que pode fazer alguma coisa por um mundo melhor e mais consciente por meio da literatura. Pessoas que tem feito muito e continua fazendo como, o escritora Sacolinha, Alessandro Buzo, Dudu do Morro Agudo, eu que estou apenas começando e mutos outros. Valeu Alessandro Buzo, é neste Buzão literário, porque como você mesmo falo, PAPO RETO NÃO TEM CURVA, e neste buzão de freios quebrados, saiam da frente os que nos contrariar porque nós capota mas não breca


















FOTOS DO SARAU CONPOEMA EM FRANCO DA ROCHA

Meus querido neste ultimo sábado 26/01/2013 fiz uma visita aos guerreiros  da literatura em Francisco Morato, no sarau Conpoema. Encostrei uma pessoa humilde simples, meu amigo e poeta Messias Aparecido, que muito tem divulgado meu trabalho,o que muito me alegrou. Vi pessoas defendo seus ideais por meios da literatura e acreditando que o sonho é possível.
Parabéns Guerreiros do Conpoema, e obrigado pela recepção a pessoa deste simples poeta.

Um abraço e um beijo do coração de todos

Francis Gomes 











sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Tributo a São Paulo




Eu gostaria de ser um poeta
Para escrever uma história completa
Através dos meus versos rimados
Não para contar um dilema
Mas para fazer um bonito poema
Sobre a cidade que me acolheu em seus braços
Sei que não sou nada disso
Mas por meio destes poucos rabiscos
Quero presta minha homenagem a São Paulo

São Paulo de lutas e glórias
Batalhas e grandes vitórias
Para orgulho de uma nação
São Paulo que é quase um país
Um país em uma cidade
Motivo de satisfação
Para um povo valente e guerreiro
Povo simples e hospitaleiro
Patriarcas de bom coração

São Paulo que não é racista
De mendigos a grandes artistas
Ela acolhe em seu coração
São Paulo que tem monumentos
Que ultrapassam a barreira do tempo
Descritos em versos e canções
Histórias que o vento não leva
Lembranças que tempo não apaga
Marcos de revoluções

São Paulo que teve a sorte
De ouvir o grito: independência ou morte!
As margens do rio Ipiranga,
O sol da justiça brilhou na cidade
Com raios de liberdade
Surgindo no horizonte
Para escrever nas páginas de sua história
Capítulos de um futuro de glória
No livro da vida, de uma cidade gigante!

Como uma galáxia no espaço
Assim é São Paulo!
Cheia de grandeza, força e poder!
É verdade, nem tudo aqui beleza,
Também falo com muita tristeza
Do descaso do rio Tietê
No leito onde corre suas águas
Até parece corredeiras de lágrimas,
É tão triste, que nem vou descrever;

Uma selva de concreto e ferro                                                                                                          
Onde abriga crianças e velhos
Em árvores chamadas edifícios,
Aqui o lobo é o próprio homem
Em cavernas chamadas de túneis
E o medo é o pior inimigo
Nesta selva, os répteis são carros,
Helicópteros são os seus pássaros
Voando em um espaço, poluído e sombrio.

Mas como nada é perfeito
Mesmo com os seus defeitos
É esta a São Paulo que amo
Problemas onde não tens
Quero dar-te os parabéns
Quatro centos e cinqüenta  nove anos
Canta e dança minha gente
Celebrai alegremente
Salve o povo paulistano

Muito obrigado São Paulo
Paulistanos, obrigado;
Por aqui me receber,
Sei que não sou conhecido,
Pode ser que meu poema, ele nuca seja lido;
Eu não ligo, eu só quero agradecer,
Quero bem alto falar
Me divertir e cantar
Parabéns para você.

Como falei no inicio
Novamente eu repito
Poeta eu sei que não sou
Mas eu fiz estes rabiscos
Eu sei, não são bonitos!
Mas foram feitos com amor
Em homenagem a São Paulo
Que me acolheu em seus braços
E me fez ser o que hoje eu sou.



Francis Gomes


   

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


Mulheres

   
São como lindas estrelas
São como rosas vermelhas
Em um jardim perfumado!
Igual a lua e sol
Formando um só arrebol
No mesmo reino encantado.

É cada sorriso lindo
São como flores se abrindo
Nas tardes de primavera!
São como pedras brilhantes
Colares de diamantes,
Tê-las pra mim, quem me dera!

São como a noite e o dia,
Cheio de encanto e magia!
Faz Parar até o vento.
Têm a essência das flores
Que enchem as almas de amores
E penetra no pensamento.

São loiras, brancas, morenas...
São altas, baixas, pequenas,
De qualquer jeito são belas.
Sempre nos levam ao delírio,
São para os olhos colírio
E não vivemos sem elas.

Elas são verão e inverno
Nos leva ao céu e ao inferno
Tufão de ódio e amor
Mesmo com todos os defeitos
São os seres mais perfeitos
Que o Deus eterno criou.
Francis Gomes

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Agenda para o próximo fim de semana

Meus queridos este próximo fim de sema vai ser correria e das boas.

No sábado dia 26/012013 estarei em um sarau  NA BIBLIOTECA DE FRANCO DA ROCHA, conhecer uma galera boa e principalmente meu amigo Messias que muito tem divulgado meu trabalho.

No domingo dia 27/01/2013 estarei em um grande evento com muitos amigos e escritores .

II FESTIVAL LITERÁRIO SUBURBANO CONVICTO.
Na sede do Periferia Invisível, Vila Cisper, Zona Leste de SP.
Dia 27 de Janeiro de 2013 (DOMINGO) - Das 11h às 17h.

CURADORIA de Alessandro Buzo

12h – Festival Literário * 10 livros de 10 autores da periferia.
AUTOGRAFOS COM....

Lançamento dos livros
Profissão MC de Alessandro Buzo
Manteiga de Cacau do Sacolinha
100 Mágoas do Rodrigo Ciriaco
Praga de Poeta do Victor Rodrigues
Ecos do Silêncio do Francis Gomes
Enraizados – Os Híbridos Glocais do Dudu de Morro Agudo.
Não Temos muito Tempo do Mano Cakis
Baseado de Ponta do Coletivo Marginaliaria
Manda Busca do Luan Luando
Tarja Preta do Zinho Trindade.

13h até o final do evento..... Exposição de Arte DU LIXO. Com Tubarão DuLixo.

14h – Palestra com Alessandro Buzo e leituras de contos do livro DO CONTO À POESIA.

15h – SARAU SUBURBANO 
Apresentação: Alessandro Buzo e Tubarão DuLixo

16h – Peça de Teatro: O BONECO DO MARCINHO de Emerson Alcalde

17h – Show com DUDU DE MORRO AGUDO, direto do Rio de Janeiro.

Realização: Ass. Cultural Periferia Invisivel e Suburbano Convicto Produções
Apoio: Secretaria Estadual de Cultura

LOCAL: Sede do PERIFERIA INVISÍVEL
Rua Barra de Santa Rosa n°4405
Vila Císper - São Paulo - SP 

sábado, 19 de janeiro de 2013


Amar ou ser amado




Creia em Deus
Inspire-se no amor
Jamais deixe de amar.
Felizes os que amam,
 Ainda que não sejam amados.
   Infelizes os quem não amam.
    Melhor é amar do que ser amado.
     A grandeza do amor está em quem sente
       E não em que é amado.
         O amor é medido pela intensidade que amamos
         Não pela intensidade que somos amados.
      Não se faz uma grande obra por ser amado,
    Faz uma grande por amor.
  Entre amar e ser amado escolha amar,
Assim terá certeza dos seus sentimentos.
Acredite em Deus,
Inspire-se no amor.



Francis Gomes

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

HOMENAGEM AO CEARÁ NO SEU DIA 17 DE JANEIRO


A cor de minha pele


Minha pele não é branca, não é preta, nem amarela
Minha pele tem a cor do meu povo
Do meu estado
Da minha terra,
De minha cidade
Do meu rio
Do meu açude
Da minha roça
Do colégio onde estudei
Das veredas que pisei.
A cor da minha pele não está
Descrita em meus documentos,
Ela está cravada no meu coração,
No orgulho que sinto de ser nordestino
Cearense,
Fariasbritense,
Minha pele tem a cor do meu amor
Minha pele sem dúvida nenhuma tem a cor do sertão
Queimada do sol
Banhada pela lua
Soprada pelo vento agreste
Ela tem uma cor especial
E sinto orgulho em dizer:
Minha pele é nordestina.

Francis Gomes

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


O que preciso


Não preciso de alguém para fazer sexo,
Isso eu encontro fácil,
Não preciso de um corpo para me aquecer,
Isso faço sozinho com roupas e cobertas
Nem que fale palavras bonitas ao meu ouvido,
Para isso ouso as melhores melodias,
E sou poeta e escuto os ecos do silêncio.
Preciso de alguém que me fale a verdade,
Estou cansado de ouvir mentiras.
De alguém que me ensine algo,
E aprenda comigo,
E juntos possas derrubar barreiras,
Vencer obstáculos,
Cantar o hino da vitória,
E no topo da felicidade,
Cravar nossa bandeira,
Com a frase:
We not only can
But we managed.

Francis Gomes






Solidão


Esta noite
Vou sair por aí pra me divertir
Com a turma de amigos zoar por aí
Esquecer o passado que me fez chorar
Semelhante
Um pássaro livre pela imensidão
Vou zombar da tristeza e da solidão
E só voltar pra casa quando o sol raiar


Quem quiser
Comigo ir neste embalo está convidado
Vem viver o presente esquecer o passado
Dar um vôo rasante pra felicidade
O que passou
É página virada pra mim não importa
Não quero que a tristeza bata em minha porta
Não quero nem saber quem inventou saudade


Solidão
É o vírus do amor que contamina a gente
Por causa da saudade de quem está ausente
Penetra em nosso peito às vezes faz chorar
Solidão
Que entra sem bater e sem ser convidada
Procure outra casa pra sua morada
Porque dentro de mim você não vai ficar.



Francis Gomes

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Mulheres


Por elas os homens matam e morrem,
Bebem para esquecê-las,
Mas elas estão dentro nós todo momento.
O mundo sem mulheres
É como um corpo sem coração,
Sem espírito, sem alma.
Uma cabeça sem cérebro,
Olhos sem brilhos,
Lábios sem sorriso.
Uma floresta sem fauna,
Sem flora.
Um jardim sem flores,
Um rio sem água.
Um mar sem peixes,
Um céu sem estrelas.
Assim são as mulheres.
E ainda há quem diga que são sexo frágil.
Imagina se fossem fortes! Como seriam?
Precisamos admitir,
Podemos até dominar o mundo,
Mas as mulheres nos dominam,
Porque simplesmente são,
O horizonte que buscamos,
O porto que precisamos para ancorar,
Simplesmente a razão da existência humana.

Francis Gomes

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


Quem não ama


É uma estrela sem brilho,
É  uma árvore morta no deserto,
Sem rios nem fontes por perto.
É uma madre estéreo sem filho.

Preso aos grilhões da tristeza a chorar
Se esconde do mundo e vive em secreto,
Faz pacto com a dor e com a solidão um decreto.
Tem um coração e não sabe usar.

Sofre com medo de sofrer,
Fingi que vive sem viver,
Quebrando o mandamento sagrado,

O qual o filho de Deus falou:
Uns aos outros tenham amor,
Como eu vós tenho amado.




Francis Gomes

domingo, 6 de janeiro de 2013


O viajante


Às vezes olhando da janela do meu Eu
Vejo ao longe no horizonte infindo
As curvas sinuosas da estrada de terra
Que a vida me obriga passar.
Estrada que não fica rastros
Porque o vento apaga-os,
E  o tempo amigo ou inimigo não sei,
Se encarrega de apagar da mente
As imagens vistas e vividas de forma que
Não tenho como voltar atrás
Ao que vi e vivi nesta estrada
Seja bom  ou ruim.
O tempo, o peso da idade
Faz-me sentir frio
E percebo que a janela do meu Eu
Tem que ser fechada
E tudo ficará no esquecimento,
As curvas, a estrada,
A estrada as curvas
O viajante
Como se nunca houvera existido
Nenhum nem outro.

Francis Gomes

sábado, 5 de janeiro de 2013


Não recebi meu salário


O que vou falar,
O que vou falar
Não recebi meu salário,
Meu patrão não quis pagar       
               
Quando eu chego em casa,
Só me falta apanhar,
A mulher está uma fera
Me pedindo pra explicar
Que diabo de trapo é este,
Que trabalha sem ganhar

O fogo esta apagado,
Falta gás pra cozinhar
Já acabou o feijão
E o arroz para o jantar
Nem pro leite das crianças
Tem dinheiro pra comprar

Tanto a luz como a água
Há dois meses  não pagou
E o nosso telefone
Tem três meses que cortou
E a desculpa que tu tem,
Que teu patrão não pagou.

E o pior que o miserável
Pra tudo tem uma desculpa,
Precisa ver as besteiras
Que o nosso ouvido escuta
Todo mundo é culpado
Só ele que não tem culpa.

Hoje não tenho dinheiro
Os clientes não pagaram,
Os cheques que recebi
Depositei e voltaram
E os pedidos que tinha
Os clientes cancelaram

Já nem compro mais fiado
Na venda do seu Nenê
Nem mesmo a crediário
As lojas querem vender,
Por causa do meu patrão,
Meu nome esta no SPC.

Francis Gomes

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Um pouco de preguiça não faz mal a ninguém

Falo para os corajosos
Para os medrosos também
Para os trabalhadores
Que vive num vai vem
Procurando o que fazer
Quando trabalho não tem.
Trabalhar um pouco é bom
Se for de mais não convém,
Trabalho de mais não mata,
Também não enrica ninguém,
Cavalos, burros jumentos,
Coitados nem roupas têm.
Não precisa ser preguiçoso
Sofrer do mal da calmiça
Mas um pouco de preguiça
Nunca faz mal a ninguém.


Francis Gomes