terça-feira, 29 de novembro de 2011

Filhos ladrões,  miséria da pátria


O sorriso alegre estampado no rosto da triste nação pobre, é um tapa na cara dos infelizes governantes deste povo. É a teimosia contra a persistência.
Geração corrupta e perversa de olhos altivos e pálpebras levantadas de dentes afiados para consumirem os aflitos e necessitado, mas nem percebem o nada que são, e que a soberba deles o tem abatidos. Timosos que são mais cedo ou mais tarde verão seus erros, mas os persistentes chegarão à vitória, porque sete vezes cairá o justo, mas os ímpios tropeçarão no seu próprio mal.
Não há miséria maior para uma pátria, que ter filhos ladrões. Isto é miséria. A fome, o desemprego, a falta de moradia não é miséria é descaso público e renda mal distribuída.
A constituição diz que, todos têm  direito a ao trabalho, a saúde, moradia, educação, a segurança e assistência aos desamparados. Mas isso é muito interpretativo. Todos têm direito de sonhar, mas só os que correm atrás, buscam, lutam podem ter a sorte de realizar, digo podem  por que nem sempre é possível.
O volto que a constituição diz que é um direito, é uma obrigação imposta pela política.
O que falar de  moradia para os que vivem na rua? Da educação para os analfabetos? Da segurança para quem é assaltado? Da saúde para os que ver seu filho morrendo nas filas dos hospitais. Da assistência aos desamparados para os que vivem no lixo, se alimentam de lixo, e quando morrem são enterrados como indigentes. Nada.
A única resposta que ainda persiste, é este sorriso alegre da triste nação pobre de minha pátria. É um tapa na cara, mas não é o suficiente, é preciso nocautear, levar a lona, quebrar a espinha dorsal desta víboras para que rastejem pelo pó também. Só há uma forma para derrubar estas sanguessugas do poder, aprendendo dizer sim, com um não.

Francis Gomes


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ContraDeusCão

Quanto mais acredito em Deus, menos acredito nos homens. A natureza e sua força poderosa, o céu, o mar tudo isso é a prova que Deus realmente existe e que faz maravilhas. Por outro lado, quando vejo filho matando pai, e pai mantando filho e toda espécie de males acontecendo é a prova maior que o diabo também existe e está sempre por perto. Resta-nos saber, de quem nós estamos mais próximo, e não quem está mais próximo de nós.


Francis Gomes

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Alunos comentem duplo homicídio


Sexta feira. Dezessete horas e quarenta e cinto minutos, do dia vinte e cinco do mês de novembro de dois mil e onze. Um dia comum, para eu que chegava do trabalho e para muitos, menos para os estudantes da Escola Osvaldo de Oliveira Lima que estudam no horário da tarde.
Ao passar em frente à escola percebi algo estranho e seria impossível não perceber, até um cego perceberia porque provavelmente tapeçaria na multidão de mutilados pelo chão. Uma mulher com dois sacos cheios, e reclamando de tantos pedacinhos dos mutilados espalhados pela rua.
Perguntei o que estava acontecendo e a resposta, me deixou, triste, revoltado,  indignado para melhor falar.
Naquela hora vi dois crimes absurdos sendo cometido ao mesmo tempo. Os responsáveis pelo crime solto e os irresponsáveis também.
O primeiro grande crime cometido. Crime contra a natureza, em uma  época em que todos dizem se preocupar com o meio ambiente, reciclagem, sustentabilidade a gente ver pessoas nadando contra a corredeira, remando contra a maré.
Segundo crime, tão grave quanto o primeiro. Conhecimentos em pedacinhos. A língua mãe desrespeita, a geografia em alto relevo mostrava a história pelos ralos e esgotos, a matemática somava os crimes, subtraia o tempo de vida e dividia a culpa  por dois.  Livros rasgados.  Isto mesmo, livros rasgados, vou repeti para os que acharam engraçado ou para quem não entendeu ainda o tamanho do crime, livros rasgados.  Mas voltando à resposta da mulher:
 - Hoje era o ultimo dia de aula destes imundos, e saem fazendo isso. Não sei que tipo de educação  receberam em casa ou  na escola para no ultimo dia de aula, sair rasgando seus livros e cadernos e espalharem pelas ruas. Você acha uma coisa desta!
Dentro de mim a pergunta que não quer calar: Quem é  o irresponsável por tudo isso, digo irresponsável sim senhor, pois não vejo responsabilidade nenhuma nisso.
Pensamos juntos, se os livros foram distribuídos gratuitamente, e não serão utilizados novamente, deveriam ser recolhidos de volta para que o governo mandasse para incinerar ou reciclar, isso não é feito, então o governo  é culpado.  A escola  por sua vez não faz nada também.  Ela poderia não esperar apenas  pelos órgãos responsáveis, e logo no inicio do ano já preparar uma campanha para recolher este material, um ponto de coleta para os livros.
Para eu, livros são como filhos abandonados enquanto muitos desprezam outros estão desesperados por um.
Por outro lado, os pais será que perguntam aos seus filhos o que fizeram com os livros e cadernos? Certamente que não, nem mesmo aqueles que estão  tirando os papéis de sua calçada.
Então aqui vai minha resposta a esta vergonha, este crimes contra a natureza, e contra o verdadeiro conhecimento, os livros.
Quem rasga um livro, não rasga apenas papéis cheios de letras, números e figuras. Mas rasga parte da história, tira  de quem não pode comprá-lo o direito de se tornar mais sábio, mais culto, mais humano.
Quem rasga um livro, apaga o passado, deixa a história incompleta no presente, e muito provavelmente  torna para os outros e si mesmo o futuro muito longe do que ele próprio deseja.

 Francis Gomes

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Meu retorno




Como uma andorinha vagando pelo ar...
Como um homem que ainda é menino
Assim sou eu forasteiro e peregrino,
Preparando meu retorno ao velho lar.

Me arrepio e choro só em pensar...
Naquele abraço e no sorriso divino!
Seu eu pudesse mudaria  o destino,
Para nunca mais ver mamãe chorar.

Chego e entro sorrateiro,
Quero causar quem sabe, uma surpresa,
Mas me enganei, mamãe me viu primeiro.

Deu-me um abraço da profundeza!
De um coração que me esperava o tempo inteiro,
Pois de minha volta tinha esta certeza.





Francis Gomes

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Muito mais importante que o dinheiro é conhecimento. O dinheiro não trás conhecimento, paga estudos, mas conhecimento trás o dinheiro.

Francis Gomes

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Coração Bandido


Este coração bandido
Já nem liga para mim
Bate dentro do meu peito
Mas não pulsa mais por mim

Chora dentro do meu peito
Implorando por você
O meu coração bandido
Prefere acabar comigo
Que esquecer de você
        
Não me dá mais atenção
Volte e meia quer te ver
Prefere esquecer de mim
Que esquecer de você

Sempre me contrariando
É um carro na contra mão
Ter um coração assim
Melhor não ter coração.





Francis Gomes

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

para refletir

Enquanto a cor da pele, a origem, a estatura e o porte físico for mais importante que a capacidade,  mostra  o quanto regredimos e que ainda temos muito que evoluir.

Francis Gomes

Também sou gente




Eu falo sem ter vergonha,
Se não posso ser montanha,
Sou uma pedra no sapato.
Mas eles querem que eu morra,
Seja um atleta e não corra,
Apanhe e fique calado.

Eu vejo a morte de perto,
E me dizem que não é certo
Falar da minha desgraça.
Sou tratado como um bicho
Me alimento de lixo,
E durmo em banco de praça.

Chamam-me de vagabundo,
Pé inchado, porco imundo...
Por que não vai trabalhar?
Bêbado pela a esquina
Coloca a culpa na sina,
Tem mesmo é que se ferrar...

Mas eu vou fazer o que?
Eu nunca aprendi ler,
Trabalho ninguém me dá.
Mas imagine você,
Não tenho nem pra comer,
Como é que eu vou estudar?

Escola eu não conheço,
Faculdade eu desconheço...
Só vejo os outros falar,
O que eu passo é desumano,
E os direitos humanos,
A onde diabo ele estar?                                                                                                             

Este é o nosso regime,
Se o homem comete um crime,
Tem o estado para cuidar.
Enquanto é negligente,
Matando o povo inocente
Porque não quer ajudar.

E querem que eu me cale,
Morra e nada fale,
Afinal, lixo não fala...
Mas eu sou lixo orgânico,
Daquele que causa pânico,
E a nação se abala.

Por isso eu falo, falo e falo...
Morro e não me calo,
Sou mesmo um bicho,
Daqueles que tudo come,
E pra não morrer de fome,
Precisa viver do lixo.

Restos de comida, peixes crus,
Disputo com os urubus,
Vira lata, varejeira, em fim,
Onde o dinheiro domina,
O que o homem abomina,
É o que sobra pra mim.

Ei, sou pobre, sou desprezado,
Vivo por ai largado,
Sou mais um sobrevivente.
Sei que pareço com um bicho,
Me alimento de lixo,
Mas lembrem, também sou gente.





Francis Gomes                                                                                                                             

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O prazer e a importância de ler

Ler não é apenas  foliar as páginas de um livro, percorrendo  com os olhos o que as entrelinhas descrevem, com  o pensamento em outro lugar. Ler, é ouvir o barulho das páginas passando com o mesmo prazer que se escuta uma chuva fina no telhado. É sentir o cheiro de papel novo ou velho, principalmente o velho de um livro antigo de páginas amareladas do mesmo modo que se sente o cheiro da brisa das manhãs de primaveras.
É viajar, dá a volta ao mundo sem sair de casa. Conhecer outras culturas, outros estilos de vida, dialetos, linguajar regionalístico. Poder viver o passando estando no presente, imaginar o futuro, viver o presente de uma forma mais humana se tornar mais  culto, mais sábio, porque é isso que faz um bom livro, uma boa leitura. Nos faz cidadão. Todos nascem ser humano, mas o cidadão ele é formado, preparado para enfrentar o mundo, e os livros tem este poder.
Ler é viver  outro mundo. Um mundo real, fictícios, fantástico. É deixar o corpo preso e o  espírito livre a mente aberta e preparar o coração para as aventuras da vida real.
É descobrir os ministérios de uma boa história, a cada frase, cada parágrafo descobrir um segredo que nos faz entender melhor a alma do outro.  Sair da mesmice e adquirir conteúdo para fala com quem quiser, sem medo. Falar sem se preocupar com besteiras que possam sair da boca, porque as palavras fluirão como água em fontes nas colinas, e serão agradáveis como o perfume das flores.
Por isso leia, leia o que quiser:  poesia, contos, crônica, cordel, gibis, romance, leia também a bíblia se preferir, mais leia e verás se o que eu falo é real ou não. Leia e tome a liberdade, e tenha o direito de falar se estou certo ou errado.


Francis Gomes

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A arte de escrever


Escrever, não apenas dom é técnica.  Não é como fazer salada de frutas, que você escolhe as frutas de sua preferência, corta em pequenos cubos e pronto, é muito mais que isso.
E uma da mais antiga arte.  Começando pelos escritos em pedras, couro,  pergaminhos até chegar ao papel.  Da mesma forma que o pintor passa todo seu sentimento para uma tela assim também é com a escrita ou pelo menos deveria ser. Começa pela escolha da tela, da tinta, do pincel. As tintas são misturadas para criar uma uniformidade de acordo com o que a obra vai pedindo.
É preciso pincelar,  se afastar olhar de perto, de longe, tornar a pincelar da mais uma,  duas, outra e mais outra olhada, até que a tela comece sorri para o criador.
Escrever é isso.  Como falou Graciliano Ramos, é como faz as lavadeiras, lavam a roupa,  ensaboa , põe para quarar, enxágua, bate, espreme, torna a bater,  espreme e depois põe pra secar. Quem se mete a escrever deve fazer desta forma.
Não basta apenas juntar um monte de palavras bonitas e passar para o papel. Não.  Precisa muito mais.
È como fazer a construção de uma casa. Primeiro, prepara o terreno, esquadreja,  faz os Alicerces. Levanta a estrutura. E depois que tudo estiver caprichosamente levantado, em nível e alinhado, vem o acabamento e depois do acabamento ainda vem à limpeza.
Isso é escrever. Vem à  idéia, passa pra o papel. Ler uma, duas, duas, três e outras tantas vezes, fazendo  os cortes, enxaguando como as lavadeiras, e quando tiver enxuto, limpo como a roupa branca no sol, quando ele sorri para você, o acabamento final esta feito.  Aí é presentear o leitor com o que você tem de melhor naquele momento.

Francis Gomes






quinta-feira, 10 de novembro de 2011

É brincando que se aprende

Pedrinho brincava na garagem enquanto o pai assistia televisão.
Pedrinho gritou.
- Papai, papai... Eu já sei escrever meu nome.
- Legal filho! Trás para o pai ver.
- Não  dá papai não aprendi dirigir.








Francis Gomes.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Nécta da vida



Nas tetas pretas
Das miseráveis cantando,
Mamaram os potrancos
Brancos,
E continuam mamando,
O néctar branco da vida.
Sanguessugas.
Minhocas,
Devorando terras férteis
Sem dá  nada em troca
A não ser o que o organismo rejeita.



Francis Gomes

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O silêncio

O silêncio é um grito de socorro
De uma alma aflita.
A boca não fala,
Os lábios não se movem,
A língua não produz sons.
O olhar diz tudo.
Mas os insensatos insistem
Em não ouvir e não ver.
Para ele, o pobre é mudo.
E para o pobre,
O rico é cego e surdo.


Francis Gomes

sábado, 5 de novembro de 2011

DENGUE PREVENIR OU MORRER

TRECHOS DO CORDEL DENGUE PREVENIR OU MORRER.
ADQUIRA O SEU E AJUDE A DIVULGAR MAIS ESTA OBRA DO POETA ESCRITOR E CORDELISTA FRANCIS GOMES.
DIVULGUE NAS ESCOLAS NAS RUAS E TODOS OS LUGARES  SEJA MAIS UM COMBATENTE DESTE MOSQUITO.


Correndo dentro das matas
No agreste do sertão
Sem camisa no sol quente
Vivendo de pé no chão,
Naquela doideira imensa
Nunca peguei uma doença
E nem contaminação...

...E quando chegava a noite
Em volta de uma fogueira
Papai contava histórias
De arrepiar a cabeleira.
Falava de um tal homem
Que virava lobisomem
E corria a noite inteira.

Histórias de curupira
E de saci pererê
De algumas almas penadas
Que costumava aparecer,
Para deixar assombrado
O menino malcriado
E não quisesse comer...

...Tudo isso aconteceu
Há algum tempo atrás,
Quando eu ouvia as histórias
Que me contavam meus pais,
Que seus avôs lhes contavam
Que muito me assustavam
E hoje não me assustam mais.

Mas ao invés das histórias
Tradição de nossas crenças,
Hoje o que me assusta
São as terríveis doenças
Bactérias e epidemia
Multiplicam-se a cada dia
Porque o homem não pensa...

Mas ainda não é isso
Que tem nos apavorado,
Não é a guerra do morro
Bandido contra soldado,
É um mosquito maldito
Que como as pragas do Egito
Muita gente tem matado.

...Desde o século dezoito
A primeira transmissão
Da tal febre quebra-ossos
“A dengue na ocasião”
Passou por Antilhas, Zazibar
Hong Kong e Calcutá
Austrália, Grécia e Japão.

Veio em navios negreiros
Este mosquito febril
De origem africana
Aqui se introduziu.
E desde então existe
O tal aédes aegypti
Pelas terras do Brasil.

E nós que não temos guerra
Terremoto ou tsunami
Entramos num a batalha
Contra este mosquito infame,
Por um tempo ele sumiu
Mas agora ressurgiu
Mais agressivo e com fome.

E este bicho maldito
Eu diria, é bem folgado.
Adulto não morre de sede
E novo não morre afogado
Todo cheio de regalia
Pica durante o dia
E a noite fica entocado.

Febre alta, dor de cabeça
Muitas dores musculares
Cansaço indisposição
E dores abdominais.
Caso você sinta isto
Da picada do mosquito
São os primeiros sinais.

Isto na fase branda
Chamada de dengue clássica,
Tem a parte bem mais grave
Que é a fase mais trágica,
A doença fica forte
Se não cuidar leva a morte
Chamada dengue hemorrágica...


 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

MAIS UMA PARA YASMIN

O AMOR  MAIOR

Tua tristeza,
Aperta meu peito de tal forma
Que faz meu coração sangrar.
Turba minha alma,
Angustia meu espírito
Te vê chorar.

Mas o teu sorriso,
Ah! Este teu sorriso,
Me causa arrepios e,
Faz-me chorar de felicidade.
Tu ainda não sabes,
Mas um dia saberás esta verdade,

Que este a quem tu chamas de pai
Vive por ti, e daria a vida por ti,
Mas no momento oportuno,
Talvez quando eu não mais existir,

Conhecerás a grandeza
E profundidade deste amor,
E compreenderás que ele,
É mais profundo que o mar
Bem  maior que o universo,
Não cabe em uma canção,
Nem se descreve em um verso.

Por que este amor,
Este amor vai alem mim,
Alem da vida e da morte,
Alem do que eu perda ou  ganhe,
Só Deus compreende,
E tu compreenderás quando for mãe.




Francis Gomes.