quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O amor verdadeiro


O amor verdadeiro é algo para viver:
Todas as horas do dia,
Todos os dias da semana,
Todas as semanas do mês,
Todos os mêses do ano,
E todos os anos da vida.
Se não for assim não é amor
É paixão, sexo, tesão ou
Alguma coisa pareceida com isso,
Mas não é amor

domingo, 26 de agosto de 2012

O morto vivo


A noite começou triste
O dia amanheceu chorando.
A aurora turbada,
Não veio acompanhada da brisa da manhã,
Nem foi recebida em festa
Pelo gorjear dos pássaros.
O céu vestia luto
E o sol soluçava escondido em algum lugar.
A parti daquele dia nunca mais fui o mesmo.
Os meus olhos perderam o brilho,
O meu sorriso a alegria,
O meu semblante triste mostrava claramente,
A imagem de minha alma angustiada.
O meu coração batia de teimoso,
Não me faria falta nenhuma se ele parasse,
Ao contrário me faria um favor.
Desde aquele dia  passei existir pela metade.
O meu coração tornou-se terra inabitável,
Onde o sol não clareia,
Nem chove.
Desde o dia que o céu se alegrou
Com a chegada de minha mãe,
A terra ficou mais triste,
E eu na minha insanidade
Passei a duvidar do amor de Deus,
E entender menos o propósito da vida
E a intenção da morte.




Francis Gomes


sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Meus querido esta é a capa do meu novo cordel, que estarei lançando dia 08/09/2012  no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi, 682 centro de Suzano no mesmo dia do lançamento da 8º revista Trajetória Literária no Pavio da Cultura que acontece todos os Segundo Sábado do mês.
Leiam algumas estrofes abaixo e esperem até o lançamento compre e confiram toda história.
abraço a todos


Francis Gomes

...Por isso meu caro amigo
Eu chamo a sua atenção
A história que vou contar
Não é de minha invenção
É mais uma que me contou
E segundo ele  passou
No interior do sertão

Tem coisa que a ciência
Não consegue explicar
Deus sabe, mas não explica,
E a gente tem que aceitar
Dois seres tão diferente
Um medroso outro valente
Sair do mesmo lugar...

...Iran tornou-se um cabra
De dois metros de altura
As pernas era dois troncos
Os braços desta grossura
Ninguém brigava com ele
Quem levasse um tapa dele
Encomendava  à sepultura.

No dia que se invocava
E ficava embriagado
Mandava prender o padre
Batia no delegado
Festa, missa casamento,
Só acontecia o evento
Se ele fosse convidado...
 

 
...Já Irineu o coitado
Sempre foi muito mofino
Cresceu mas não mudou nada
 Magro do pescoço fino
Os braços eram dois palitos
As pernas só os cambitos
E um nariz de suíno
  
Tinha medo de tudo
Que se possa imaginar
Cobra, rato, aranha,
Barata então nem pensar,
Fazia uma esparrela
Pulava feito gazela
E começava chorar...

Francis Gomes
 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


Fotos do Sarau que aconteceu terça feira 21/08/ 2012 na escola EUCLIDES YGIESCA, na Vila Fátima, Palmeiras. Foi muito bom. Muitos estilos, Musica, Poesia, Cordel, Dança e o melhor muitos alunos e alunas participaram.
 A cultura é algo que sempre está dentro de nós esperando apenas uma oportunidade para se manifestar.

Francis Gomes












segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Morte de Nanã (Patativa do Assaré)

A voz do nordeste canta a morte de Nanâ

O crime

Conto-vos o caso como me foi contado. Revelo-vos um segredo a mim confiado, porque me considero incapaz de condenar o meliante confesso. Peço-vos que também não o condene antes de  ler o que o tal alegou em sua defesa para cometer tal crime. Não convenceu, apesar de que ele teve motivos para praticar o ato.
Não somos amigos, mas  de vez em quando confessamos um ao outro alguns deleites cometidos. Manjares comidos em casa alheia com o saboroso tempero apimentado de outra  patroa.
O fato é que certo dia confessou-me meio confuso das ideias.  Cheio de remorsos tentava justificar-se do seu devaneio cometido pela rebeldia da carne que contraria um espírito reto.
Não podia viver naquele martírio de culpa, precisava desabafar, jogar para fora a sujeira que deixava sujo e contaminado. Era  um profano, cruel e desalmado envolto no negro manto da culpa que consumia seu coração. Era inocente e culpado. Cometeu o crime porque estava fora de si, havia sido tomado pelo um espírito leviano e covarde.
Não fora ele, mas o malfeitor repetia continuamente. Planejou dia e hora anteriormente com a que seria sua cúmplice. Um crime premeditado.  Agiu como um lobo que devora uma ovelha inocente e indefesa. Foi covarde, traiçoeiro inescrupuloso. Armou uma cilada sem deixar  rota de fuga para a vítima.
Observava de sua janela  em frente à casa da vitima que saía para o trabalho sem saber que em breve seria cruelmente e covardemente ferido. Pobre Cristo nem percebia o Judas a sua espreita.
A cúmplice acenou da porta, deu sinal de ok, era só por em prática o plano. Deixou  o inocente afasta-se um pouco, e  cravou-lhe um punhal  nas costas de tal forma que perfurou o coração.
Enquanto a vitima agonizava em direção ao trabalho, sofrendo uma hemorragia interna pelos ferimentos do coração que sagrava sem parar os dois sentiam juntos os prazeres do pecado cometido.
Ela batera a porta do meliante como  combinado. Trajava preto. Não por luto. Cabelos ainda molhados e boca da cor do pecado como dois morangos maduros convidando uma boca para mordê-los. A camisola transparente mostrava a pele branca, manjar divino recheado de pecado. Uma enviado do diabo com formas angelicais. E ali o meliante cometeu o primeiro de muitos delitos sexuais com a mulher do irmão de sua esposa. Enquanto a vitima  sangrava e sem saber agonizava pela dor da traição.


Francis Gomes


sábado, 18 de agosto de 2012

Meus queridos, nesta ultima sexta feira 17/08/ 2012 aconteceu mais um sarau Literatura Nossa no Ponto de Cultura Circulo das Letras, mas não pude marcar presença porque a convide do professor Ravair estive na escola Alfredo Roberto para fazer o encerramento da semana  cultural organizado pelo mesmo.
Quero agradeceu ao Ravair, o diretor, todos os professores e alunos que participaram desta festa cultural e pela forma como me acolheram na escola.
Seria muito importante para o mundo de todas as escola tivesse este tipo de iniciativa, incentivando a leitura e a escrita. Parabenizo a todos e que continuem nesta peleja porque ela também é nossa.
Valeu Professor Ravair, Valeu Escola Alfredo Roberto

um abraço e um beijo no coração de todos

Francis Gomes















quarta-feira, 15 de agosto de 2012



Sarau LiteraturaNossa
Nesta sexta-feira - 17/8, das 19h30 às 21h30
Ponto de Cultura "Círculo das Letras"
Rua Guarani, 979, Jd. Revista - Suzano - SP.

Nesta sexta-feira, 17/8, das 19h30 às 21h30, A Associação Cultural Literatura no Brasil em parceria com a Prefeitura de Suzano, realiza mais uma edição do Sarau Literatura Nossa. A atividade será realizada no Ponto de Cultura "Círculo das Letras" situado na Rua Guarani, 979, Jd. Revista - Suzano - SP. Durante o sarau haverá também o lançamento do livro "Acorde um verso" do escritor, poeta e agitador cultural Michel Yakini, idealizador do Sarau Elo da Corrente, em Pirituba, Zona Oeste de São Paulo.
Este sarau no Jd. Revista é realizado toda terceira sexta-feira do mês, com a presença dos moradores do bairro e de pessoas de fora da cidade, com apresentações de poesia, música, cinema, teatro e dança. No intervalo, há sorteios de livros, revistas, vídeos, CD's e camisetas.
Quem tem interesse em se apresentar basta chegar com 30 minutos de antecedência. Mais informações podem ser repassadas através do número: 6680-4065, com Landy Freitas.

domingo, 12 de agosto de 2012

Meus amigos, amigas, e leitores curtam as fotos do pavio da cultura no ultimo sábado 11/08, onde aconteceu o lançamento do livro PODE PÁ QUE É NÓS QUE TÁ, do coletivo OS MESQUITEIROS comandado pelo o professor e escritor Rodrigo Ciríaco, Nayara e outros guerreiros e guerreiras.
Aconteceu também o lançamento do CD BEN PIVETE  do grupo DI  MANDÊ e do DVD VIDEO DOCUMENTÁRIO, O LEGADO DE STEVE BICO.




















quinta-feira, 9 de agosto de 2012



Intimidade perdida

Às vezes sinto tanta saudade de mim mesmo,
que choro de vontade de ser eu.

Francis Gomes

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amor sem fim



Hoje à noite eu não vou voltar para casa
Porque sei que sem você não vai ter graça,
Vou beber pra te esquecer
E pra ver se noite passa
Vou dormir em qualquer canto
Em qualquer banco de praça
Só não vou dormir
Sozinho em nossa casa

Coração está chorando em pedaços,
Solidão se aproxima, ouço seus passos...
Porque sei que em nossa casa
Ao em vez de seus abraços
Só um vazio me espera
Em nosso quarto.

O que eu sinto por você
Não se conta em um verso
E mais profundo que o mar
Bem maior que o universo
É algo que não se explica
Nem cabe dentro de mim
É amor que não tem fim.
          

Francis Gomes

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

QUANDO A SAUDADE APERTA

Como eu queria voltar ao meu pé de serra.

Faz muito tempo que deixei meu pé de serra.
E como eu gostaria de voltar novamente a ele,
Mas eu queria muito, que nesta viagem
Eu também pudesse voltar ser criança.
Para estudar na mesma escola,
Getúlio Vargas, ao lado da igreja.
Rever minhas professoras do primeiro ano,
Até o colegial, porque sempre estudei
No mesmo colégio.
Jogar bolinha de gude no intervalo,
Brincar de pega pega.
Pescar, e tomar banho no Carius.
Pular da ponte nas suas cheias,
Das barreiras, das árvores, e pegar
Areia no fundo do rio.
Comer manga colhida no pé,
Descascar como os dentes,
Como diz Drummond, manga é fruta
Para se comer ao ar livre e se lambuzar todo.
Jogar bola nos campinhos de areia,
Correndo descalço pelas ruas e estradas de terra.
Chupa cana a noite, ouvindo vovô contar histórias,
Brincar com fogo ouvindo mamãe falar:
- Para de brincar com fogo menino,
Se tu mijar na rede apanha.
Tomar água de pote,
Carregar água na cabaça,
Montar em jumento, burro, cavalo.
Levar a cabras para pastar,
E carregar os cabritinhos no colo
Quando cansavam.
Dormir no colo de mamãe,
Ah! Como eu queria.
Pedir dinheiro a papai,
Para comprar dimdim,
Geladinho para quem não sabe.
Pegar passarinhos de arapuca,
Criar rolinhas dentro de casa,
Brincar com elas, de tão mansinha que eram.
E na mata,  colher coco catolé,
Bananinha, Mutamba, tamarina,
Ameixa, maracujá selvagem.
Deitar em baixo de um juazeiro
E dividias as frutas caídas
Com os cabritinhos,
Uma pra mim, outra para você
Até dormir.
Nas vazantes, cheias de macaúba,
Batata doce, mamão, laranja.
Sim eu queria voltar ao me pé de serra,
Voltar ser criança.
E quem sebe, eu voltasse ser feliz.
E sonhar no colo de mamãe.

Francis Gomes.