quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Meus queridos vejam partes do cordel o preguiço.



O Preguiçoso

Dizem que no nordeste
No início do século passado
O povo era diferente
Tinha um costume atrasado
Se preciso até matava
Dava a peste e não aceitava
Ninguém fazer nada errado
Todo mundo era obrigado
Só fazer o que convinha
Tanto homem como mulher
Precisava andar na linha
O desmantelo que hoje tem
Ninguém respeita ninguém
Naquela época não tinha

...O povo de lá usava

Este pequeno dizer:
Aquele que não trabalha
Também não deve comer
É considerado um truta
E se gostar de outra fruta
O sujeito tem que morrer..

...Eu não vivi neste tempo

Pois não sou tão velho assim
São histórias que vovô
Sempre contava pra mim
Papai não acreditava
De vez enquando falava
- Oh! Historinha ruim...

...Imagine que vovô

Me contou que conheceu
Um sujeito tão estranho
Que outro igual não nasceu
Além de ser mentiroso
Ele era tão preguiçoso
Que de preguiça morreu...

...Dizia vovô que ele

Mal conseguia falar
Quando abria a boca
Com preguiça de pensar
Os olhos iam se fechado
E a peste gaguejando
Começava cochilar

Não tinha pressa pra nada
Ninguém nunca o viu correr
Andava contando os passos
Mas só modo de dizer,
Porque ele mal andava
Dava dois passos sentava
Sem coragem de se mexer...
...Mas como a preguiça era


Muito além do normal
De tanto não fazer nada
O infeliz passou mal
E para ele curar
Disseram que trabalhar
Seria fundamental,..

Mas, vovô neste momento

Teve um surto de memória
E falou: - eu esqueci
O resto trajetória.
Se eu lembrar outro dia
Contarei com alegria
O final desta história

Também eu não vou falar
Coisa que ele não falou
Se ele nunca mentiu
Mentir eu também não vou,
To me sentido cansado
Se eu não tiver enganado
A preguiça me pegou.




Francis Gomes

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