terça-feira, 31 de janeiro de 2012

QUEM AINDA NÃO FEZ VAI SE PREPARANDO, PORQUE O TOQUE PODE SE PROFUNDO

A decisão


O mundo, as nações, a vida  giram em torno de decisões.  Desde o principio foi assim, quando Deus na sua plenitude tomou a decisão de criar o homem sua imagem e semelhança, e muitos anos depois se arrependeu e decidiu destruir-lo e assim fez porque tinha  poder e tempo para isso.
Nós simples mortais quando tomamos uma decisão precipitada a consequência pode ser trágica ou até mesmo fatal. Conto-vos este fato porque fui vitima de uma desta atitude impensada e quando resolvi voltar atrás não tive mais tempo.
Tudo teve inicio quando  comecei sentindo algumas dores abdominais parecia coisa corriqueira do dia a dia, mas foi piorando e mesmo contra minha vontade fui ao médico.  Quase dois meses para conseguir uma vaga no posto perto de minha casa.
 Tinha dias que eu mal conseguia andar, uma dor no pé da barriga, que Deus me livre, e pra urinar, era contando as gotas doía e queimava que parecia sair fogo. Quanto relatei a situação ao doutor ele foi categórico, disse que eu precisava fazer um exame, o mais breve possível, poderia ser naquele dia mesmo.  Ao ouvir qual seria  subiu um formigamento dos pés a cabeça, tremi de medo, e vergonha. Me torci pra lá pra cá perguntei se não podia fazer outro dia.
- Sim pode, mas quero que o senhor saiba vai ter que fazer e quanto antes melhor.
Fiquei mais um mês tentando criar coragem para fazer o maldito exame.  Mas não foi fácil não,  além de evitar a mulher porque a coisa não funcionava mais direito  suava frio todo vez que ia ao banheiro.
Eu sentia  vergonha até em pensar. Imaginando o constrangimento  perdia o sono,  sentia  calor, ficava sem jeito de olhar para qualquer pessoa. Parecia que todo mundo sabia o que eu precisava fazer,  era uma verdadeira tortura.
Agente faz piada, brinca com a desgraça dos outros, mas quando é com a gente vou falar não é brinquedo não.
Eu não falei nem para a mulher deste tão de exame, Deus me livre. Imagina se ela fala para as colegas, e toda vez que alguma fosse lá em casa  ia ficar me olhando meio tordo, rindo de mim, depois falando para os maridos, e os maridos falando para os colegas e os colegas para outros colegas assim todo mundo sabendo e todos rindo de mim por onde quer que passasse. Os vizinhos esperando para me ver chegar em casa, bisbilhotando pelas janelas para zombar de mim e no meu trabalho já pensou o falatório que seria, credo em cruz Deus me livre.
Já pensou na rua  todos me olhando com rabo de olho e falando: olha o esfolado passando. Me arrepiava só em pensar. Ou os engraçadinhos dos meus colegas:  e o dedo era  grande? Fala ai doeu ou você gostou? Pronto a merda tava feita, porque não sou de levar desaforo para casa, por isso não contei a ninguém.
 Só me esquivando pra não fazer. Mas quando a gente pensa no esqueleto de roupa preta com uma foice na mão cria coragem, pelo menos no momento. Apesar  das brincadeiras sem graça,  as coisas que  escutava, e o machismo,  cheguei à conclusão que tinha  não tinha saída precisava  fazer o dito cujo.
 Mas quando pensava em tudo que eu ouvia sobre o assunto.  O que era mentira ou  verdade. Nos últimos dias nem dormia mais, quando ia pegando no sono, acordava vendo aquele dedão vido em minha direção, pulava da cama todo suado e gritando, aqui não doutor.
A mulher acordava apavorada falando:
- Tá doido homem de Deus que diabo tu tem?
Nada não mulher vai dormir. Foi só um sonho ruim.
Mas não tinha jeito.  Este tal exame do toque era a onda do momento só se falava nisso. Uns dizia que não doía e que a gente ficava sozinho com  o médico na sala. já outros que doía pra caramba, e além do doutor ficavam duas enfermeiras para auxiliá-lo. E as posições hein? E as posições! Alguns diziam que ficava de quatro com as mãos em cima da cama, outros que era deitado de ladinho.  O médico colocava uma luva, passava  um  creme lubrificante e com uma conversinha mole  de que não ia doer nada era rapidinho,  abria bem o negócio,  e tome. Ia ao céu e voltava, ou melhor, ao inferno. Em fim  relatos de todo jeito  eu ouvia.
Certo dia escutei um camarada falando que tinha visto uns vídeos na internet mostrando como era feito o tal e comentou, Bicho feio, coisa macabra. Pensei comigo vou nada, o diabo é quem vai não eu. Mas isso é igual  dente furado, a gente tenta preservar mas quando a o danado dói, a vontade é de arrancar na hora.
Pois bem, inventou de ir  a mulher  à casa da mãe dela,  aproveitei e fui fuçar na internet para ver se encontrava alguma coisa. Pois não é que eu encontrei vários vídeos mesmos!
Virgem Maria,  mas quando eu vi aquilo, aquelas bundas brancas empinadas, meio que de quatro, outros deitado de ladinho e o médico metendo o dedo sem dó girando 360º  graus, e o cabra se torcendo todo não sei se de vergonha ou de dor. Alguns fechavam os olhos, outro arregalava, trincava os dentes, mordia os beiços. Eu falei tô fora, não vou fazer isso mas nem por decreto do papa.
Decisão tomada, ninguém sabia nada nem precisava saber, se a coisa piorasse eu voltava ao médico. Me lasquei no mesmo dia comecei sentir  dores terríveis, tive que ir.
Cheguei atrasado de propósito pensado: ora chego atrasado não tem mais ninguém , entro resolvo isso de uma vez e seja o que Deus quiser. Me danei todinho, o infeliz do doutor tinha atrasado também.
Contei umas dez pessoas. Pensei, será que todos estes vão fazer?  . Cheguei meio esbaforido,  vermelho como um pimentão, sangue parecia ferver, quase que eu voltava para trás, mas não dava mais.
Parecia que todos me olhavam e pensando  a mesma coisa, é mais um para levar dedada. Sentei, de cabeça baixa sem falar com ninguém de tanta vergonha.
Começou chamando, senhor fulano, senhor beltrano,  chegou sua vez.
Sentia umas pontadas no pé da barriga, além da dor, medo, ansiedade, vendo  meu orgulho de macho intocável a pouco de chegar ao fim. Eu levantava, sentava, tomava água   sabendo que minha vez estava chegando. Eu sabia que todo mundo percebia meu nervosismo. Para piorar, a atendente falou:
-Senhor Antonio  Jerônimo o senhor está sentindo alguma coisa? De cabeça baixa  disse, não senhora  estou bem.
- Tem certeza? Sim senhora
-Se acalme o senhor parece está muito nervoso,  tudo vai correr bem.
Pensei, fala isso porque  não no seu que vai entrar um dedo sabe-se lá Deus como.
Os que saiam da sala do doutor aumentavam minha agonia, fazendo uma cara de quem tava morrendo de dor de barriga e desesperado para ir ao banheiro.  Pois é, a maioria saia deste jeito.
Faltava apenas três.. Me passou pela cabeça uma idéia maluca, que se pelo menos fosse uma doutora quem sabe seria melhor, ela poderia ser mais delicada, afinal toda mulher costuma ser.  O dedo seria mais fino. Mas também me ocorria outra preocupação a unha. Sim a unha. Quem  não conhece uma mulher que  tenha unhas grandes. Tem a luva eu sei, mas e se rasgar. Já nem sabia o quer seria pior.  E se ela resolvesse se vingar de alguma coisa logo em mim, já pensou,  e não seria difícil não do jeito que a coisa anda. Se o marido tivesse traído ela, e descontasse tudo na minha pessoa, coitado de mim pagaria o pato sem culpa nenhuma.
De repente sou aquela voz tenebrosa:
Senhor Antonio, por favor, pode entrar.   Arrepiou até a alma. De cabeça baixa, Ouvir uma voz feminina falar:  senhor entre na  sala a sua direita, tire a roupa e ponha este avental, o médico já vem lhe examinar.
 Mau coloquei aquele avental azul o médico chegou:
- Está pronto Senhor Antonio? Balancei a cabeça afirmando que sim.
Ponha suas mãos em cima da cama, empine  um pouco as nadégas, e relaxe não vai doer nada.  Durará apenas entre quinze e vinte segundos. Vou utilizar este gel para que o senhor não sinta dor , não vai nem perceber, quando ver já foi. Fechei os olhos trinquei os dentes e senti aquele dedo grosso entrando dentro de mim, torcendo para um lado para o  outro. Mas doeu, doeu muito, cheguei ver estrelas e contar carneirinho.
Pronto. O senhor pode  colocar sua roupa. O senhor por favor aguarde um pouco lá fora e já lhe dou o diagnóstico. Saí da li cego de vergonha nem quis saber do resultado e nunca mais voltei lá.
Por causa desta  decisão, esta atitude impensada, do meu orgulho e  machismo é que hoje, um ano e meio depois estou aqui entre amigos e parênteses, narrado-vos esta história deitado neste caixão frio, sem dor, sem orgulho, sem vida.



Francis Gomes

domingo, 29 de janeiro de 2012

Bactéria do Amor

Um certo dia conheci uma morena
Nunca vi mulher tão linda
Nunca vi nada igual
Horas depois comecei a sentir dor
Fui procurar um doutor
Me sentindo muito mau

Chegando lá disse o que estava sentindo
O doutor ficou sorrindo
Como que zomba de mim
Falei pra ele, doutor o assunto é sério
Quero saber o mistério
Porque é que estou assim

Meu coração bate forte acelerado
Ele está despedaçado
Como é grande a minha dor
Fiz um exame para ver qual a doença
E acusou a presença
Da bactéria do amor

Estou que estou, estou que estou apaixonado...
Coração despedaçado
Está enfermo de amor
Esta doença não tem remédio que cure
A não ser que eu procure
Quem que me contaminou

Vais ser difícil porque não sei onde anda
Eu nem sei como se chama
Quem que me contaminou
Se não encontrar vou morrer apaixonado
Porque estou contaminado
Com a bactéria do amor



Francis Gomes

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Críticos e criticados

                                                            Os nordestinos, mais precisamente aqueles considerados caipiras, matutos  são pessoas simples e humildes que normalmente falam errado, mas  agem de forma correta, porém a elite não elogia seus atos, mas critica sua forma de falar.
   Por outro lado a elite fala corretamente mas agem de modo incorreto, são elogiados pela forma de falar mas não são criticados pela forma de agir.
    Fico me perguntando: o que importa mais, falar errado e agir correto ou agir errado e falar correto se Deus escreve certo por linhas tortas?


Francis Gomes

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012




Fotos do lançamento da coletânea  comunidade do conto uma parceria da Secretaria de cultura de Suzano  e Associação Cultural Literatura no Brasil


















sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


Lançamento da Antologia Comunidade do Conto
Dia 24/1 – das 20h às 22h
Local: Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano - SP
Mais informações no release abaixo:

Comunidade do Conto lança livro na próxima terça
Seis escritores lançam antologia com 17 contos de temas variados.
Na próxima terça-feira, 24/1, a partir das 20h será realizado o lançamento da Antologia Comunidade do Conto. A atividade será no Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi" (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano). Este lançamento é uma realização da Associação Cultural Literatura no Brasil em parceria com a Prefeitura de Suzano.
Toda 1ª quarta-feira do mês, escritores se reúnem para ler contos criados em cima de um tema anteriormente sugerido. Ao longo do ano de 2011 esses encontros aconteceram religiosamente no Ponto de Cultura Círculo das Letras. Foram selecionados 17 textos de 6 escritores. Agora o leitor poderá apreciar essa produção que sai em livro.
Os autores que participam desta obra são: Débora Garcia, Francis Gomes, Mano Cákis, Marco Maida, Sacolinha e Wald Ferreira.
O livro estará com preço promocional neste dia. O público presente poderá adquirir o seu exemplar pelo preço de R$ 10,00.
Durante a atividade haverá um breve sarau com os autores da antologia.
Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone 4752-3996

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

               Sem você


Sem você, não sou nada nesta vida,
Sou uma estrada sem saída
Esquecido na saudade.
Sem você, sou uma luz que não clareia,
Sou castelos de areia
Destruído pelas águas.

Sem você, sou um sol que não ilumina...
Sou um sonho que termina
Bem antes de acontecer.
Sem você, sou pequeno sou criança;
Chorando sem esperança
Querendo o que não pode ter.

E você, onde está que não responde,
Minha lua atrás dos montes
Porque não sai pra clarear.
Minha noite, sem você é escuridão
Melancólica solidão
Sem motivos pra sonhar.


Francis Gomes

domingo, 15 de janeiro de 2012





Fotos do primeiro pavio da cultura do ano onde aconteceu o lançamento do livro do poeta Paulo Odair o do CD de literatura II
muito bom o nível dos artistas que se apresentaram simplesmente espetacular.

















sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Insônia


Tenho para mim se a insônia fosse uma coisa que pudesse controlar seria muito bom ter insônia, não  sempre, mas de vez em quando, uma ou duas vezes por semana, dez, quinze ou vinte minutos por noite. Pena que não se pode controlar, e torna-se um suplício para quem sofre deste mal. Digo isto porque há muito tempo não sei o que é uma noite de sono, daquelas que a gente deita e só acorda no outro dia, tenho saudades de dormir  bem, sonhar, levantar tarde.
No começo eu ficava sem dormir, alguns minutos, gostava, até agradecia a Deus quando eu acordava durante a noite por alguns vintes minutos. Mas agora, sofro só em pensar que a noite se aproxima. Ás vezes chegava cansado em casa, tomava um banho, e dormia. De repente acorda no meio da noite, ficava ouvindo o barulho dos carros, as pessoas que passavam conversando na rua. Será a aonde vão?  De onde veem a esta hora da noite? Risos.  Devem está felizes.  Eu pensava.  Cachorros latindo, e eu viajava. Até o barulho dos aviões que de vez em quando passava, eu gostava de ficar ouvindo, imaginado que velocidade estaria  quantas pessoas estariam viajando, para onde estaria indo ou vindo sei lá.
Mas o melhor quando se acorda a esta hora da noite, é se por a pensar nas coisas que a gente faz durante o dia, o que fez certo, errado, onde poderíamos melhorar. Aí é que se ver o quanto Deus  é generoso com a gente. Eu punha-me a pensar, como era gostoso está àquela hora, em minha cama, com meus cobertores quentinhos, protegido do vento gelado que sobrava lá fora, batendo a minha janela. Oh! Meu Deus! Quantos não estavam em baixos de viadutos, pontes, dormindo nas calçadas vestidos em uns fiapos de roupas, e cobertos de jornais. Jornais que muitas vezes esboçavam nas capas as mordomias dos ricos,  enquanto os miseráveis mendigam migalhas, um pedaço de pão e disputam um lugar para dormir nas calçadas  frias e molhadas pela neblina que cai.
E quando a chuva cai, meu Deus, como é maravilhoso ouvir o barulho da chuva nas telhas, aquecido em baixo dos  cobertores, mas é triste saber que lá fora, na intermitente garoa, outros se embriagam para aquecerem seus miseráveis corpos para não morrem de frio.  Na correria do dia a dia, nem sempre pensamos no próximo de forma tão humana quando pensamos em nosso leito. Seria bom que todos pudessem ter vinte minutos de insônia, uma ou duas vezes por semana.
O grande problema é que ela não dura tão pouco, e nem faz tanto bem para a maioria das pessoas, dura noites e mais noites, e faz um mau terrível.
Hoje eu não durmo nada, a noite é muito longa parece que não tem fim, quanto mais busco o sono mais ele foge de mim. Dizem que assistir televisão dá sono, mentira, pelo menos comigo isto não acontece, só piora. Fico neste liga desliga, e nada. Levanto começo ler um livro e nada, vou mexer no computador, nada. Volto  pra cama nada do sono. As conversas na rua já na me interessam mais, aborrecem-me, o barulho dos aviões, do galo cantando, é um suplício.
De tanto tempo acordado sem dormir, meus olhos parecem ter secado, até para chorar tenho dificuldade, as lágrimas não vêem, mas uma dor de cabeça de enlouquecer, esta, quase todos os dias está presente, deve ser parente da insônia, quando não chegam  juntas, uma ataca a noite e a outra durante o dia, parece que têm  um pacto, atormentar-me dia e noite.


Francis Gomes

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Perguntas insanas de um coração inconsequente


Às vezes na insana loucura do meu eu, nos devaneios de minha mente, o meu insano e insensato coração faz-me perguntas que eu não sei responder.
Acredito que é na loucura que fazemos as mais difíceis perguntas, e quanto estamos lúcidos as mais simples respostas tornam-se muito complexas.
Por estes dias não sei que raio de loucura deu em mim, que meu coração como um outro ser dentro de meu corpo, danou-se a falar comigo exigindo  respostas para as coisas que acontecem. Acordou-me uma noite destas com suas insanidades de perguntas:
A onde está o arco íris que não aparece cortando o céu para impedir que a chuva caia sem parar, causando grandes catástrofes fazendo os rios transbordarem, os montes desabarem e muitos inocentes morrerem?
Não foi ele criado como símbolo de um pacto entre Deus e os homens? Sim lhe adianto que foi. Mas as chuvas, por que são tão mal distribuídas? Por que chove tanto em um lugar e outro morrem  animais e seres humanos pela falta de chuva? Não tem Deus poder sobre as nuvens para que elas derramem a água onde Ele quiser e quando Ele quiser?
Não foi  por ventura assim com o profeta Elias?  Que ordenou para não chover e não choveu  e três anos e meio depois  segundo sua palavra voltou chover? Não tem Ele poder sobre o vento para ordená-lo levar as nuvens a qualquer lugar?  Claro que sim, pois os apóstolos admiraram-se sobre o poder de Jesus Cristo dizendo, que homem é este que até os ventos o obedece?
Não foi  Deus que Pôs limite ao mar impondo-lhe um decreto, ponde-lhe portas e ferrolhos dizendo, até aqui tu virás e não mais adiante aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas?
Então, com autorização de quem acontecem os tsunamis? Quem é poderoso o suficiente para quebrar estes ferrolhos e abrir esta porta do mar?
Não foi pela ordem de Deus que Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo? Quem autoriza os vulcões jorrarem fogo destruindo tudo que encontra pela frente?
Estas foram algumas das perguntas que meu insano coração me fez e eu não soube responder nenhuma delas? Ou talvez na minha insanidade quis eu olhando a lei dos homens não gerar provar contra mim mesmo, para que minhas atitudes, considerasse-me culpado não me condenasse.


Francis Gomes

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dia a dia

Há dias que eu não sou eu, e que a vida parece mais amarga mesmo quando tudo em volta parece normal. E nestes dias enquanto os pássaros cantam na alvorada anunciando um novo dia, no meu eu, ainda é noite.
E quando o sol, rompendo o crepúsculo da manhã com seus raios fortes como quem sorrindo para iluminar a todos e banhar a terra de luz, o meu eu está nublado, com nuvens espessas e escuras.
Nestes dias, eu me pergunto: onde está o amor que os poetas cantam? Que sabor tem os beijos de sua musa? Onde encontram palavras tão lindas? E nestes dias vazios, percebo que a minha alma implora por um beijo, mas não o beijo que a minha boca recebe. Suplica migalhas de carinhos sem mesmo saber de quem. E é na inquietação do meu espírito no vazio do meu eu, eu não sou eu, e a vida parece mais amarga.
E assim a felicidade me aparece como rabiscos mal escritos, sem critérios, sem valor. E nestes dias onde o meu eu é tão vazio, talvez seja os dias em que sou mais cheio de vida e mais próximo da felicidade.


Francis Gomes

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


O amor é um jogo diferente.

Dizem por ai que estou doente
Que eu ando diferente
Por causa desta mulher
Falam até que eu sou tolo
Que ela me faz de bobo
E  eu faço tudo que ela quer

Zombam de mim que eu sou pato
Faz de mim gato e sapato
E eu não tomo uma atitude
Saiba quem nunca amor nesta vida
Contra o amor não há saída
Não tem arma nem virtude

E é por isso que eu me entrego sem pensar
E é por isso que eu amo feito um louco
Porque prefiro sofrer e morrer amando
Que viver sabendo que eu amei pouco.

O melhor é a gente se entregar
E deixar o Amor acontecer
O amor é um jogo diferente
Onde até o vencedor pode perder
Quando a gente pensa que ganhou o prêmio
Só encontrou um motivo pra sofrer

O amor é como a onda do mar
Vem volta várias vezes ao mesmo dia
Quando chega todos querem mergulhar
Sem pensar se ela virá no outro dia
Quando volta deixa um rastro de saudade
E um coração molhado pela nostalgia.

E é por isso que eu me entrego sem pensar...




Francis Gomes

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hopeful
  


I would like to be wise
To say something to help you
But I’m not, I’m just hopeful,
That tomorrow will bring a surprise.

And on the day after tomorrow other surprise,
You don’t need being skilful,
Just be a little hopeful
That once again, will have the sunrise

If today the sunset comes before
Please don’t worry, don’t weep,
Because a lot of days will come

You just need to dive deep
In yourself and don’t cry anymore,
Believe that in your heart will grow the love seed.




By Francis Gomes

domingo, 1 de janeiro de 2012

 Se nasce um vitorioso não pode morrer um derrotado

Passado a euforia das festas, a ressaca dos que bebem, é preciso encarar o novo ano como mais um desafio em nossas vidas.
É hora de traçar metas, planos e objetivos para o ano que se apresenta e já mostrou para que veio, resta-nos mostrar para ele até onde somos capazes de chegar no espaço de tempo de doze meses. Este tempo limite que cada ano nos oferece para todas nossas realizações.
A vida é uma luta desde o momento da gestação na barriga de nossas mães.  Durante nove meses aprendemos a viver dependendo tudo de nossa progenitora, se alimentando do que ela se alimenta, ouvido o mundo lá fora sem podemos fazer nada.
Na hora do nascimento temos a primeira grande batalha de nossa vida, romper a placenta para vir ao mundo, e fazermos nosso primeiro trabalho em equipe, mãe e filho trabalham juntos e o sucesso depende da força de um, e do esforço do outro.
No final um chora de alegria, o outro para mostrar que está bem e porque sabe que a parti daquele momento, sua dependência começa ter limites, e chegará o tempo em que terá que andar com suas próprias pernas.
Isso  aprendemos ainda muito pequeno. Os primeiros passos alguém pega em nossas mãos e nos mostra o caminho e nos ensina a nos equilibrarmos com nossas próprias pernas. Depois aprendemos a engatinhar, andas pegado pelas paredes até começarmos andar sozinhos.
Mais tarde vamos à escola, e começa outra parte da vida onde começamos a aprender não depender mais de nossos pais e sim do nosso próprio esforço.
Depois a adolescência onde não sabemos nada e achamos que sabemos tudo. Depois vêm todos os tipos de mudanças até chegar à libertação final e ser quebrado o último elo da dependência, o casamento, aí outras pessoas passam a depender de nós o ciclo recomeça tudo no novamente, porém com outras pessoas e outras  histórias serão contadas com outros protagonistas.
Então é bom que a cada ano que se inicia Lembramos-nos disso, não dependemos de ninguém, mas outros dependem de nós. Portanto esqueça tudo, recomece tudo novamente se for preciso, se você venceu quando era menos capaz, quando era tão pequeno e frágil, agora que é forte e não depende de ninguém só de você mesmo,   regace as mangas, se caiu levante sacuda a poeira e dê a volta por cima. Afinal a cada ano temos mais dozes meses para mostrarmos para  nós mesmo que somos capazes e para os que dependem  de nós um exemplo de lutador e vitorioso por seu próprio esforço. Se nasce um  vitorioso não pode jamais morrer um derrotado.


Francis Gomes