domingo, 9 de março de 2014

O mundo sem mulher

A TODAS AS MULHERES DO MUNDO



O mundo sem mulheres 
Seria como um corpo sem coração,
Um coração que não pulsa.
Uma cabeça sem cérebro,
Um corpo sem espírito
E um espírito sem corpo.
Olhos sem brilhos,
Lábios sem sorrisos
Sorrisos sem alegria.
Versos sem rimas.
Poemas sem cadência,
Sem ritmo, sem lirismo,
Canções sem melodia.
O mundo sem mulheres
Seria uma floresta sem fauna,
Sem flora, morta.
Um jardim sem flores,
Flores sem perfumes
Sem cores.
Um rio sem água,
Cachoeira sem cascata.
Um mar sem peixes,
Um céu sem estrelas.
Uma noite sem luar
E lua sem fases.
Dias sem sol,
Tardes sem arrebol,
Manhãs sem auroras.
Porque assim são as mulheres.
E ainda existe quem diga
Que elas são sexo frágil.
Imagina se fossem fortes!
Como seriam?
Seres de falsa autonomia. Acreditem.
Podem até dominar o mundo,
Mas as mulheres os dominam.
Porque simplesmente são mulheres,
O horizonte que todo homem busca,
O porto que todo homem precisa para ancorar,
Simplesmente a razão da existência humana.
O único sono, que nos faz sonhar. Acordado.

Francis Gomes

terça-feira, 4 de março de 2014

Tela de minha terra viva


Quando deixei minha pátria,
Levei comigo uma tela pintada
Com as imagens, cores e sons de minha terra,
Para que ninguém roubasse isso de mim
Se não a morte.
Ao centro da tela
Uma mata virgem,
Um por do sol,
De olhos vermelhos e lágrimas douradas
Despedindo-se do dia que vai dormindo
E da noite que começa despertar,
Aos cantos dos pássaros
Cortam o céu de asas abertas
Procurando o aconchego noturno das árvores.
Em um canto da tela
A lua desponta por trás da serra,
Se espalhando pelas estradas de terra batida.
Pirilampos voam por entre as folhas,
Parecendo mines estrelas ao nosso alcance.
Sapos cantam a beira do rio
Que sorri em forma de corredeiras
Rumo ao mar.
o outro canto da tela,
A noite dorme,
Os pássaros anunciam a alvorada.
O sol com seus olhos de fogo,
Fere a terra,
É o dia que acorda.
Em mais um canto da tela
Crianças pulam no rio de águas claras
Nadam parecendo piabas
Aos sons das mulheres batendo
Roupas nas pedras,
Eu sou uma delas.
Um dos cantos da tela deixei em branco
Para pintar quando eu retornasse a minha terra.
E retornei.
Vinte anos depois. E chorei, chorei muito.
Preferi deixar em branco
O canto da tela que faltava pintar,
Para não pintar a morte de minha terra.
Sem mata virgem,
em pirilampos,
Sem pássaros a cantar na alvorada,
Sem rios, nem estradas de terras.
A únicas coisas que restaram,
O sol, e a lua porque os homens
Não puderam tocar.
Até  o meu céu estrelado,
O embrulharam em um manto preto.
O sol embrutecido fere a terra nua sem compaixão
Toda cheia de estrias.
E lua chora nos lugares ocultos,
Para ninguém ver sua tristeza.
Fiz bem em pintar a tela de minha terra
Ainda viva.
 
Francis Gomes
 
 

NO MÊS DA MULHER A TODAS AS MULHERES


Mulheres

 

São como lindas estrelas

São como rosas vermelhas

Em um jardim perfumado!

Igual a lua e sol

Formando um só arrebol

No mesmo reino encantado.

 

É cada sorriso lindo

São como flores se abrindo

Nas tardes de primavera!

São como pedras brilhantes

Colares de diamantes,

Tê-las pra mim, quem me dera!

 

São como a noite e o dia,

Cheio de encanto e magia!

Faz Parar até o vento.

Têm a essência das flores

Que enchem as almas de amores

E penetra no pensamento.

 

São loiras, brancas, morenas...

São altas, baixas, pequenas,

De qualquer jeito são belas.

Sempre nos levam ao delírio,

São para os olhos colírio

E não vivemos sem elas.

 

Elas são verão e inverno

Nos leva ao céu e ao inferno

Tufão de ódio e amor

Mesmo com todos os defeitos

São os seres mais perfeitos

Que o Deus eterno criou.

Francis Gomes