A TODAS AS MULHERES DO MUNDO
O mundo sem mulheres
Seria como um corpo sem coração,
Um coração que não pulsa.
Uma cabeça sem cérebro,
Um corpo sem espírito
E um espírito sem corpo.
Olhos sem brilhos,
Lábios sem sorrisos
Sorrisos sem alegria.
Versos sem rimas.
Poemas sem cadência,
Sem ritmo, sem lirismo,
Canções sem melodia.
O mundo sem mulheres
Seria uma floresta sem fauna,
Sem flora, morta.
Um jardim sem flores,
Flores sem perfumes
Sem cores.
Um rio sem água,
Cachoeira sem cascata.
Um mar sem peixes,
Um céu sem estrelas.
Uma noite sem luar
E lua sem fases.
Dias sem sol,
Tardes sem arrebol,
Manhãs sem auroras.
Porque assim são as mulheres.
E ainda existe quem diga
Que elas são sexo frágil.
Imagina se fossem fortes!
Como seriam?
Seres de falsa autonomia. Acreditem.
Podem até dominar o mundo,
Mas as mulheres os dominam.
Porque simplesmente são mulheres,
O horizonte que todo homem busca,
O porto que todo homem precisa para ancorar,
Simplesmente a razão da existência humana.
O único sono, que nos faz sonhar. Acordado.
Francis Gomes
domingo, 9 de março de 2014
terça-feira, 4 de março de 2014
Tela de minha terra viva
Quando
deixei minha pátria,
Levei
comigo uma tela pintada
Com as
imagens, cores e sons de minha terra,
Para
que ninguém roubasse isso de mim
Se não
a morte.
Ao
centro da tela
Uma
mata virgem,
Um por
do sol,
De
olhos vermelhos e lágrimas douradas
Despedindo-se
do dia que vai dormindo
E da
noite que começa despertar,
Aos cantos
dos pássaros
Cortam
o céu de asas abertas
Procurando
o aconchego noturno das árvores.
Em um
canto da tela
A lua
desponta por trás da serra,
Se espalhando
pelas estradas de terra batida.
Pirilampos
voam por entre as folhas,
Parecendo
mines estrelas ao nosso alcance.
Sapos
cantam a beira do rio
Que
sorri em forma de corredeiras
Rumo ao
mar.
o
outro canto da tela,
A noite
dorme,
Os
pássaros anunciam a alvorada.
O sol
com seus olhos de fogo,
Fere a
terra,
É o dia
que acorda.
Em mais
um canto da tela
Crianças
pulam no rio de águas claras
Nadam
parecendo piabas
Aos
sons das mulheres batendo
Roupas nas
pedras,
Eu sou
uma delas.
Um dos
cantos da tela deixei em branco
Para
pintar quando eu retornasse a minha terra.
E retornei.
Vinte
anos depois. E chorei, chorei muito.
Preferi
deixar em branco
O canto
da tela que faltava pintar,
Para não
pintar a morte de minha terra.
Sem
mata virgem,
em
pirilampos,
Sem pássaros
a cantar na alvorada,
Sem rios,
nem estradas de terras.
A
únicas coisas que restaram,
O sol,
e a lua porque os homens
Não
puderam tocar.
Até o meu céu estrelado,
O
embrulharam em um manto preto.
O sol
embrutecido fere a terra nua sem compaixão
Toda
cheia de estrias.
E lua
chora nos lugares ocultos,
Para
ninguém ver sua tristeza.
Fiz bem
em pintar a tela de minha terra
Ainda
viva.
Francis Gomes
NO MÊS DA MULHER A TODAS AS MULHERES
Mulheres
São como
lindas estrelas
São como
rosas vermelhas
Em um jardim
perfumado!
Igual a lua e
sol
Formando um
só arrebol
No mesmo
reino encantado.
É cada
sorriso lindo
São como
flores se abrindo
Nas tardes de
primavera!
São como
pedras brilhantes
Colares de
diamantes,
Tê-las pra
mim, quem me dera!
São como a
noite e o dia,
Cheio de
encanto e magia!
Faz Parar até
o vento.
Têm a
essência das flores
Que enchem as
almas de amores
E penetra no
pensamento.
São loiras,
brancas, morenas...
São altas, baixas,
pequenas,
De qualquer
jeito são belas.
Sempre nos
levam ao delírio,
São para os
olhos colírio
E não vivemos
sem elas.
Elas são
verão e inverno
Nos leva ao
céu e ao inferno
Tufão de ódio
e amor
Mesmo com todos
os defeitos
São os seres
mais perfeitos
Que o Deus
eterno criou.
Francis Gomes
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