quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

NÃO HÁ RICO QUE NUNCA PRECISE DE AJUDA E NEM TÃO POBRE QUE NUNCA POSSA AJUDAR.

Peço a atenção dos amigos que conhecem o Passarinho e a Leda, compartilhem! (Valdecir Câmera e Leda Câmera)

Aos nossos companheiros Valter Passarinho e Leda Câmera, abrindo uma corrente de solidariedade pelos momentos dificeis que estão passando, pela tragédia ocorrida no ultimo dia 22/02.

Para esclarecimento, o Passarinho e a Leda não pediram nada. Essa é uma ação entre amigos que entende a gravidade que ele e sua companheira estão passando, para quem não sabe aconteceu uma tragédia em Boiçucanga -São Sebastião no dia 22 de Fevereiro uma tromba dágua atingiu a residência do casal e tudo foi levado: casa, carro, documentos, história e infelizmente, o pior de tudo: vitimou a filha do casal, Tainá, de 11 anos.
Eles precisam da solidariedade de todos os amigos para começar de novo; e eles podem contar com todos nós.
Valdecir Câmera 
anco: 341 (ittaú)
Agencia: 7428
Conta Corrente: 00764-0
CPF: 037.246.758-01

MISSA DE 7o. DIA DA NOSSA TAINÁ - 01/03/2013 - SEXTA FEIRA - AS 19:30 HS NA IGREJA CATÓLICA - EM BOIÇUCANGA

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


O livro da vida

O dia seguinte
Não é uma novela,
não é um romance,
nem ficção,
nem conto de fadas.
não é uma piada,
para necessariamente ser engraçado.
nem precisa ser de terror,
pode até ter suspense,
aventuras e conflitos.
Em fim o dia seguinte.
É  um livro de páginas em branco
para que você escreva sua própria história,
e escolha o final.
Cuidado. O personagem principal é você.

Francis Gomes

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sonhos


As pessoas às vezes nos tira o sono, mas jamais os sonhos.
Mas ao sonhar, precisamos ter cuidado para não sonhamos muito alto,
E cair acordado na impossibilidade que a vida nos oferece de não ter asas para voar.
O fato de não ter asas não nos impede de usarmos os pés e correr em busca do que sonhamos.


Francis Gomes
Fim dos tempos



Castigo de Deus?
Maldade dos demônios?
Ira dos oceanos?
Vingança da natureza?
Não se sabe ao certo.
Mas o sol deixa de brilhar,
A lua se esconde,
As estrelas se ocultam,
Os céus vestem luto,
As nuvens choram,
Os mares esbravejam,
Os rios transbordam,
Os montes deslizam,
As pedras rolam,
A terra treme,
Os vulcões cospem fogo,
Os homens morrem,
É o fim dos tempos.



Francis Gomes

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Vendendo pó na escola

Eu cheguei em uma escola
Montei minha barraquinha
Tinha um guarda me olhando
Eu continuei na minha

Desembrulhei o bagulho
E fui fazendo fileiras
Molecada chega cá
Pode vir pode colar
Que o barato de primeira

E faz viajar geral
Logo na primeira dose
Mas garanto o pó é limpo
Não tem risco de overdose

E parafraseando
O meu amigo Ciríaco
Então  comecei gritando
Parecendo um maníaco:

Vendo pó, vendo pó
Vendo pó, da alegria
Vendo o pó que faz viagem
Vendo o pó da fantasia
Vendo pó, vendo pó
Vendo pó para quem vai
Vendo pó para quem fica
Vendo pó, vendo pó, ai....

O guarda partiu pra cima
Pra dá uma de herói
Me deu uma borrachada
Meu amigo isso dói

E eu tentando explicar
Seu guarda não sou bandido
Por favor, não bata mais
Isso é um mal entendido

Na verdade eu vendo pó
Vendo o pó da alegria
Vendo o pó que faz viagem
Vendo o pó da fantasia

Vendo pó, vendo pó
Vendo pó para quem vai
Vendo pó para quem fica
Vendo pó, vendo pó, ai....
Quanto mais pó eu falava
Mais o guarda me batia.

Quebrou minha barraquinha
Rasgou os meus envelopes
Pensando que encontraria
Ali vários papelotes

Porém ele se enganou
E viu em sua covardia
Que bateu num inocente
Espancou que não devia
Numa loucura completa
Quase matou este poeta
Que só vendia poesia.

Francis Gomes



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013



  1. Ser criança 

    Ser criança é isso,
    Tudo é engraçado
    Tudo é divertido
    Nada é proibido
    e tudo está perfeitamente
    na moda.

    há se o tempo parasse de repente
    eu voltasse ser como era antigamente
    para eu reviver velhas alegrias
    e eu pudesse ser criança novamente
    e se possível ser criança eternamente
    e envelhecer na meninice dos meus dias

    Que saudade,
    que saudade sinto de minha infância
    do meu tempo de criança
    eu papai, mamãe, nós três,
    há se o tempo parasse de repente
    e voltasse ser como era antigamente
    e eu pudesse ser criança outra vez.

    Francis Gomes

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Jd. Revista recebe primeiro sarau do ano


Como já é tradicional o sarau terá também lançamento de livro, desta vez do autor suzanense Sidney Leal.
Nesta sexta-feira, 15/2, das 19h30 às 21h30, A Associação Cultural Literatura no Brasil em parceria com o Ministério da Cultura, Governo Federal, realiza a primeira edição do ano do Sarau LiteraturaNossa. A atividade será realizada no Ponto de Cultura "Círculo das Letras" situado na Rua Guarani, 979, Jd. Revista - Suzano. Durante o sarau haverá o lançamento do livro “Minhas histórias de mistério, terror e morte” do escritor Sidney Leal. O autor é morador do bairro Boa Vista em Suzano e foi premiado no último concurso literário da cidade.
Este sarau no Jd. Revista é realizado toda terceira sexta-feira do mês e conta com a presença dos moradores do bairro e de pessoas de fora da cidade, com apresentações de poesia, música, cinema, teatro e dança.
Ao longo de 2012 fora realizados 10 edições do sarau no bairro. O fundador da Associação Cultural Literatura no Brasil, Sacolinha, que também é escritor, reforça a importância da atividade. "É comum ter em qualquer bairro de periferia, bares e igrejas, mas por aqui estamos mudando esta realidade, tanto que a sede onde realizamos o sarau fica entre um bar e uma igreja". Diz bem humorado.
No intervalo, há sorteios de livros, revistas, vídeos, CD's e camisetas.
Nesta edição do sarau haverá ainda o lançamento do número 30 do fanzine LiteraturaNossa.
Quem tiver interesse em se apresentar basta chegar com 30 minutos de antecedência. Mais informações podem ser repassadas através do número: 96680-4065, com Landy Freitas.

sábado, 9 de fevereiro de 2013



Tela de minha terra viva

Quando deixei minha pátria,
Levei comigo uma tela pintada
Com as imagens, cores e sons de minha terra,
Para que ninguém roubasse isso de mim
Se não a morte.
Ao centro da tela
Uma mata virgem,
Um por do sol,
De olhos vermelhos e lágrimas douradas
Despedindo-se do dia que vai dormindo
E da noite que começa despertar,
Aos cantos dos pássaros
Cortam o céu de asas abertas
Procurando o aconchego noturno das árvores.
Em um canto da tela
A lua desponta por trás da serra,
Se espalhando pelas estradas de terra batida.
Pirilampos voam por entre as folhas,
Parecendo mines estrelas ao nosso alcance.
Sapos cantam a beira do rio
Que sorri em forma de corredeiras
Rumo ao mar.
No outro canto da tela,
A noite dorme,
Os pássaros anunciam a alvorada.
O sol com seus olhos de fogo,
Fere a terra,
É o dia que acorda.
Em mais um canto da tela
Crianças pulam no rio de águas claras
Nadam parecendo piabas
Aos sons das mulheres batendo
Roupas nas pedras,
Eu sou uma delas.
Um dos cantos da tela deixei em branco
Para pintar quando eu retornasse a minha terra.
E retornei.
Vinte anos depois. E chorei, chorei muito.
Preferi deixar em branco
O canto da tela que faltava pintar,
Para não pintar a morte de minha terra.
Sem mata virgem,
Sem pirilampos,
Sem pássaros a cantar na alvorada,
Sem rios, nem estradas de terras.
As únicas coisas que restaram,
O sol, e a lua porque os homens
Não puderam tocar.
Até  o meu céu estrelado,
O embrulharam em um manto preto.
O sol embrutecido fere a terra nua sem compaixão
Toda cheia de estrias,
Nada o vigor de sua juventude.
E lua chora nos lugares ocultos,
Para ninguém ver sua tristeza.
Fiz bem em pintar a tela de minha terra
Ainda viva.


Francis Gomes

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

II Festival Literário Suburbano Convicto - Reportagem Periferia Invisível

Poeta


Dizem que o poeta
É um eterno fingidor
Inventa muitas paixões
Finge sofrer por amor
Muitos chegam afirmar
Que ele é capaz de chorar
Fingindo a própria dor

Mas quem conhece a alma
E os mistérios de um poeta?
Quem conhece os segredos
De sua paixão secreta?
Para falar deste jeito
Que o poeta é um sujeito
Um artista que interpreta!





Francis Gomes

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Conjugando o verbo amar



Eu quero conjugar o verbo amar,
No particípio de sua vida
No presente dos seus beijos
E no infinitivo do nosso amor.
Porque eu sempre te amei.
Na esperança que tu me amaste.
Na verdade desde criança eu já te amava.
Sem saber se tu me amavas
Tenha certeza  que ainda te amo.
Sem saber ser tu me amas.
E para sempre te amarei.
Convicto que tu me amarás.
Você poderia ser como fosse que eu te amaria.
Não sei se tu me amarias.
O importante é que você
Não precisa pedir que eu te ame,
E nem eu que tu me ames.
Porque se eu não te amasse,
E  se tu não me amasses,
Se nós não nos amássemos,
A conjugação estaria errada.
Mas quando eu espontaneamente te amar,
E quando tu livremente me amares,
Todas as vezes que nos amarmos,
Então amemos nós.
Assim eu te amando
Tu me amando,
Serei eu teu amado,
Tu minha amada,
Então o verbo amar
Estará conjugado  corretamente
Em todos os tempos,
Por eu e você.



Francis Gomes