terça-feira, 31 de agosto de 2010

CPIs




De forma pouco modesto,

Ao contrário bem viril,

Quero mostrar meu protesto

A capital do Brasil.



Não a cidade majestosa

Que JK edificou.

Mas a coisa vergonhosa

Que aquilo se transformou.



Na verdade a minha crítica

Com estes meus versos críticos,

Não é a cidade, nem a política,

Mas aos corruptos políticos.



Da esperança de um povo

Que clama: ordem e progresso.

Em grande covil de lobos,

Tornou-se nosso Congresso.



CPI pra todo lado.

Pra tudo tem comissão.

É CPI do Banestado,

CPI do Mensalão.



Parece ataque de pulgas,

Nada satisfaz a ganância,

CPI das Sanguessugas,

CPI das Ambulâncias.



Na arena de gigantes

CPI virou tormento.

Fizeram até CPI

Dos anões do orçamento.



Tem a CPI dos Bingos,

E do Apagão Aéreo.

Só escrevendo me vingo,

Mas ninguém me leva a sério.



Eu vou parar de escrever,

Antes que chegue ao Congresso,

Se não vão querer fazer

A CPI dos meus versos.





































Francis Gomes

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