domingo, 3 de junho de 2012

AOS GUERREIROS NORDESTINOS

Seca





O tempo esta passando
E a chuva não cai no chão
Deixa o lavrador pensando
De como ganhar o pão.
Com as lavouras morrendo
É de cortar coração.

Mas uma vez está à frente
Nossa maior inimiga,
Trazendo choro permanente
E também muitas intrigas,
Deixa o povo indiferente
Semeando muitas brigas.

A tal seca nordestina,
Devoradora de sonhos,
Vem completando a sina
De cearenses risonhos 
Como se fosse rotina
Maneira como suponho.

Anoitece e amanhece
Com o céu limpo e azul,
O agricultor reconhece:
É preciso ir pro sul,
Para não ver o filho que cresce,
Andando descalço e nu.

Passa as experiências,
Do dia de São José,
Pelos os dados da ciência
O lavrador perde a fé,
Homens perdem a consciência
Vendo a seca como é.

Alguns tentam imaginar,
O que pode acontecer,
Como irão se virar
Para poder sobreviver
Mas ninguém deste lugar,
Consegue nada prever.

É um sofrimento eterno
De um povo triste e faminto,
Não há que seja moderno
Com criança dando grito
E os pais desesperados
Clamando por Jesus Cristo.

Porem a chuva não cai
E o sertanejo perde a fé
Principalmente depois
Do dia de são José
Morre a esperança
De homem de mulher



Francis Gomes

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