terça-feira, 27 de setembro de 2011

A invasão do Brasil.

Navegantes de um mar sem luz.
Em suas pátrias, heróis, talvez!
Mas atracou na terra de Vera Cruz,
Uma embarcação nada cortez.


vinte e dois de abril de mil e quinhentos.
Chegaram ao Brasil nossos descobridores.
Segundo a história, os ensinamentos.
Mas para mim, nossos invasores.


Não se entra em casa de outro sem bater.
Caso contrário é uma invasão.
No nosso caso, o que dizer?
Foi uma invasão ou não?


Vieram sem ser convidados,
Entraram sem pedir licença.
E os Índios pobres coitados!
Massacrados na inocência.


Não bastava levar nossa riqueza,
O nosso ouro não era o suficiente,
Precisavam aflorar a natureza,
Exterminando o nativo inocente.


Uma chacina quase perfeita,
Meio a tempestade, fingiam a calma.
Depois nos mandaram o Padre Anchieta,
Para evangelizar, quem sabe! a alma.


A alma dos Índios que tinha por deuses:
O sol, a lua, as estrelas, a natureza.
Porque o corpo, os portugueses,
Destruíram para levar nossa riqueza.


E os donos da terra, que sempre existiram,
Foram expulsos como se fossem invasores.
Enquanto aqueles que nos extorquíram,
Hoje são chamados de descobridores.


E até hoje os índios imploram,
O direito a terra, e não lhes é concedido.
Por isso falo aos que os exploram,
O Brasil, não foi descoberto, foi invadido.

Francis Gomes

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