terça-feira, 29 de março de 2011

Meus amigos e leitores. Estou em uma correria tremenda, por causa do lançamento do livro, mas acreditem entre uma correria e outra deu tempo para escrever meu 18º cordel. ainda não sei quando vou lançar, mas já esta prontinho e para deixar vocês mais curiosos vou deixar uma palhinha dele, mas tenham plena certeza o final é surpreendente.


O MENINO CABRITO


Foi no sítio mulungu
Cidade Farias Brito
Onde aconteceu um caso
Extremamente esquisito
Nasceu um pobre coitado
Com a feição de cabrito

A coisa foi mesmo feia
Na hora que ele nasceu
O sol  se ocultou mais cedo
O dia escureceu
Igual na morte de Cristo
A terra também tremeu

Um vento soprava forte
Muitos cachorros latiam
Lobo uivava no mato
As galinhas se escondiam
Trovão zoava no céu
Na terra raios caiam...


A velha partiu pro quarto
A onde a filha estava
Se retorcendo na cama
Trincando os dentes  gritava
De tanta dor que sentia
Quando a criança chutava

...A mãe pedia calma
Que já estava saindo
A filha ficando fraca
A força ia sumindo
Pois só ela e Deus sabia
A dor que tava sentindo

Mas quando a vó viu
O que estava nascendo
Se arrepiou de medo
E começou se tremendo
Fez logo o sinal da cruz
Gritou e saiu correndo...

...Parou na porta do quarto
Estatelado ficou
A mulher e o filho vivo
Mas o bebê se assustou
E novamente ao invés
De chorar ele berrou

O homem apavorado
Quis correr não conseguiu
A vista escureceu
Foi sentar quase caiu
Mas porém neste momento
A criancinha sorriu...

...O padre não conseguiu
Disfarçar a  assombração
Começou rezar um terço
Pra virgem da conceição
Vendo que o menino era,
Mais cabrito que cristão...

OBS:
São estrofes intercaladas tem muito mais, muito mais...
 Francis Gomes


 

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