domingo, 2 de janeiro de 2011

QUEM QUISER QUE PROCURE.

Cochimbrema

Sei que não sou um poeta
Também não sou  trovador
Muito menos repentista
Tão pouco sou cantador
Às vezes de tempo em tempo
Quando me sobra tempo
Me passo por escritor

Na vida escrevi de tudo
Que possa imaginar
Já fiz pessoas sorrirem
E outras eu fiz chorar.
Para quem não acredita
Tudo através da escrita
Meu modo de se expressar.

Tenho uma coisa comigo
Não sei se certo ou errado
Aquilo que não tem jeito
Pode ser modificado
Se ser feio não é bonito
Particularmente acredito
No mínimo é engraçado.

E pra falar de feiúra
É que eu venho escrever
Sobre uma palavra feia
Que eu ouvir alguém dizer
Por mais que eu tenha tentado
O verdadeiro significado
Não consegui entender.

Uma tal de COCHIMBREMA
Que eu não sei o que é
Não sei se fala de homem
Ou se fala de mulher
Se é algum palavrão
Se é coisa feia ou não
De onde veio nem como é.

Não sei se é outro idioma
Uma palavra estrangeira
Se é algum elogio
Ou é alguma besteira
Se  é de origem indígena
Ou talvez algum enigma
Coisa falsa ou verdadeira.

Não sei se é nome de santo
Que alguém já fez promessa
Se é  quem anda devagar
Ou alguém com muita pressa
Se fala da vida alheia
Só sei que a palavra é feia
E isso é o que interessa.

Mas quero deixar bem claro
Para quem me perguntar
Eu não sei como surgiu
Nem quem veio isto inventar
Só sei que vivo a ouvir
É cochimbrema pra aqui
É cochimbrema pra lá.

Eu vou falar a verdade
Pra tornar isso mais breve
Não sei o que quer dizer
Nem mesmo como se escreve
Se com x ou ch
Quem quiser vá procurar
O poeta não se atreve.

Mas eu vou logo avisando
Para o que for procurar
Se por motivo de sorte
Se por acaso encontrar,
O  que quer dizer cochimbrema
Fique com seu problema
Não precisa me falar.

Peço para os colegas
Companheiros e amigos
Não fiquem aborrecidos
Nem fiquem bravos comigo
E como eu  não fiz nada
Portador não merece pancada
Nem inocente castigo.

Mas  escrevo sobre tudo
Sobre a vida e seus dilemas
Sobre as coisas boas
E também sobre os problemas
Mas não fui eu que criei
Muito menos inventei
Esta tal de cochimbrema.

Não sou o pai da criança
E também não sei quem é
Não sei se fala de homem
Nem se fala de mulher
E se por  acaso eu soubesse
Mesmo que me pagasse
Eu não falava o que é.


Francis Gomes

2 comentários:

  1. Muito bom, mas eu acho que vc saber o que é! Conta pra gente, ou tudo isso foi para mostrar que vc é bom no repente????
    Bjooocas Dé

    ResponderExcluir
  2. Quando teremos a Cochimbrema no Pavio, hein?
    Abraço, Francis.

    ResponderExcluir