O
viajante
Às
vezes olhando da janela do meu Eu
Vejo
ao longe no horizonte infindo
As
curvas sinuosas da estrada de terra
Que
a vida me obriga passar.
Estrada
que não fica rastros
Porque
o vento apaga-os,
E o tempo amigo ou inimigo não sei,
Se
encarrega de apagar da mente
As
imagens vistas e vividas de forma que
Não
tenho como voltar atrás
Ao
que vi e vivi nesta estrada
Seja
bom ou ruim.
O
tempo, o peso da idade
Faz-me
sentir frio
E
percebo que a janela do meu Eu
Tem
que ser fechada
E
tudo ficará no esquecimento,
As
curvas, a estrada,
A
estrada as curvas
O
viajante
Como
se nunca houvera existido
Nenhum
nem outro.
Francis
Gomes
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