De estação terminal a imortal
Para sair
Da estação terminal,
Vencer crises e conflitos
Do universo masculino
Só mesmo com o jeitinho brasileiro
E a ginga africana.
Mas, para
Com um único disparo
Lançar 85 letras,
É preciso ser
Graduado em marginalidade.
Ao mesmo tempo,
Alguém capaz de
Me fazer lembrar
Peripécias de minha infância
Por meio da escrita,
E ainda fazer esta
Literatura nossa,
De periféricos e favelados,
Ser reconhecida como literatura do Brasil,
Eu o comparo como a água do rio
Que serpenteia entre um vale e outro
Sem nunca ser a mesma
Até desaguar na imensidão do mar
Para ser eternizada.
Francis Gomes
Ao amigo e Escritor Sacolinha.
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