quarta-feira, 13 de março de 2013

A briga das Fuxiqueiras



Seu moço eu vou lhe falar,
De duas muié desastrada,
Mas vou pedir prô senhor
Por favor, num dê risada,
Num vou contar anedota,
Nem vou fazer paiaçada
Num é história de pescador,
Aconteceu sim senhor,
Não é nenhuma piada.

Duas pestes fuxiqueiras
Gente sem ocupação,
Como bem diz um ditado,
Lá no meu veio sertão
Que mente desocupada
É oficina do cão,
Maquinando o que num presta
Fazendo o que Deus detesta
Arrumando confusão.


Gente desmazelada,
O que não ver, ela inventa,
Gosta de uma fofoca,
Tudo que ouve, aumenta,
Não pode ver ninguém quieto
Que logo se apoquenta
Vive de mexerico,
Se não fizer um fuxico,
Fica que num se aguenta.

Apois bem, onde eu morava,
Lá no morro do petisco,
Tinha duas pestes assim
Que adorava um mexerico.
A muié de Zé Calango,
E a muié do Tico Tico,
Duas cobras venenosa,
Que prá encurtar a prosa,
Caiu no próprio fuxico.

 A muié do Zé Calango,
Gorda igual um elefante,
Falou prá do TicoTico,
Que ele tinha uma amante,
Só não ia dizer quem era
Prá num ser deselegante,
E ainda disse a muié,
Quem avisa amigo é,
E saiu exuberante.

A muié do TicoTico
Também fez a merma coisa,
Foi falar prá Zé Calango,
-Cuidado cá sua esposa,
Com aquela cara de santa,
É uma veia raposa,
Enquanto tu tá dormindo,
Ela tá te traindo,
Fique atento cá a mariposa.

 Descobriram a mentira
E as duas se enfezaram,
Duas semanas depois
As malditas se encontraram,
Como dois touros enraivados
As caboclas se atracaram,
O reboliço começou
Foi por pouco sim senhor,
Que as pestes não se mataram.

Foi num dia de domingo,
Logo depois do almoço,
Eu tava quase dormindo,
Quando escutei o destroço,
Uma gritava:- safada
Eu vou quebrar seu pescoço.
Nunca vi coisa tão feia,
Parecia duas baleia
Brigando no mermo poço....



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