O Encontro de Lampião
com Zé Capeta
Como
poeta que sou
Cordelista
e nordestino
Peço
licença aos colegas
Que
tem o mesmo destino
Mas
a pedido de um amigo
Vou
tentar ver se consigo
Falar
sobre Virgolino
Quem
não conhece a fama
Do
nordeste brasileiro
Pobre
terra castigada
Pela
seca o ano inteiro?
Mas
rica em homens valentes
De
coronéis e tenentes
E
do maior cangaceiro.
Do
Juazeiro do Norte
De
Padre Cícero Romão
E
Virgolino Ferreira
O
temido Lampião.
Sem
por os outros pra baixo
Foi
um dos homens mais macho
Que
já nasceu no sertão.
Famoso
rei do cangaço
Do
nordeste brasileiro
Seus
feitos são conhecidos
Por
este Brasil inteiro,
Vou
contar feitos incríveis
E
algumas senas terríveis
Deste
grande cangaceiro.
Mas
antes de começar
Amigo
prestem atenção
Eu
vou contar pra você
Logo
em primeira mão
O
motivo e o porquê
Virgolino
veio a ser
Chamado
de Lampião
Virgolino
tinha um costume
Depois
de uma batalha
Tomar
um copo de pinga
Fumar
um cigarro de palha,
E
o tira-gosto usado
Era
sangrar um soldado
E
lamber sua navalha
Aconteceu
que uma noite
Em
certa ocasião
O
cigarro do cangaceiro
Caiu
e se perdeu no chão.
Ele
começou atirar
Para
poder encontrar
O
cigarro na escuridão
Seu
rifle jorrava fogo
Clareando
a escuridão
Semelhante
uma luz
No
pavio de um lampião
Então
surgiu o apelido
Do
homem mais conhecido
No
cangaço do sertão
Por
um propósito de Deus
Ou
artimanha do cão
Na
fazendo vila bela
No
agreste do sertão
Nasceu
então um menino
Por
nome de Virgolino
Que
veio a ser Lampião.
Mas
não se aterrorize
Sobre
o que dele escutou
Nem
com que neste instante
Descrever
agora eu vou
Porque
este Virgolino
Foi
só mais um nordestino
Que
o mundo transformou.
Como
premonição
Ou
saga de um nordestino
O
sofrimento é certeza
Nas
trilhas de seu destino
Por
mais que fosse valente
Também
não foi diferente
Na
vida de Virgolino.
Contudo
ele não tinha
Um
coração tão malvado
Mas
só depois que ele viu
Seu
pai sendo assassinado
Foi
então que Virgolino
Traçou
seu próprio destino
De
cangaceiro afamado...
...Mas
havia na Bahia
Um
ilustre cidadão
Um
tal de Zé capeta
Com
fama de valentão,
Corria
lá um buchicho
Que
tinha parte com o bicho
Talvez
fosse o próprio cão
Diziam
lá os mais velhos
Corriam
lá uns boatos
Que
ele era mesmo o capeta
Levando
em conta seus atos.
É
disso que eu vou falar
Porém
não posso afirmar
Pois
não apurei os fatos
O
satanás em pessoa
Como
ele se declarava
Zé
capeta aonde ia
Pintava
o sete e bordava.
E
no sertão da Bahia
Aconteceu
que um dia
Lampião
ali passava.
Francis Gomes
E a história
continua. Quer ler o final? Adquira o seu.
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